EUA indiciam três brasileiras por exploração sexual

Por Gazeta Admininstrator

A Justiça americana anunciou na quinta-feira o indiciamento de três brasileiras acusadas de participar de um esquema de tráfico de mulheres para exploração sexual nos Estados Unidos.
De acordo com o escritório regional de Atlanta do Departamento de Justiça americano, as três indiciadas são Lucilene Felipe dos Santos Lopes, Viviane Christina Chagas e Jurani Felipe Pinto.

Entre fevereiro e setembro deste ano, as três acusadas teriam levado de maneira ilegal para os Estados Unidos quatro jovens brasileiras, que teriam sido forçadas a se prostituir na cidade de Sandy Springs, no Estado americano da Geórgia.

Os promotores afirmam que Lucilene e um cúmplice ainda não-identificado teriam levado uma das vítimas para os Estados Unidos em março, pela fronteira com o México, com a promessa de que ela teria um emprego legal como vendedora.

Em maio, Jurani teria viajado ao Brasil e se encontrado com outras duas jovens. As vítimas também receberam a promessa de que trabalhariam como empregada doméstica e garçonete na região de Atlanta.

Os pais de uma das jovens teriam pagado milhares de dólares a Jurani para que a filha fosse levada para os Estados Unidos.

Segundo os promotores, quando as vítimas chegaram a Atlanta, Lucilene disse que elas não teriam escolha e trabalhariam como prostitutas. A acusada teria tirado fotos “sexualmente provocativas” das jovens e ameaçado entregar as imagens às famílias das vítimas.

O texto do pedido de indiciamento diz ainda que as três acusadas ficavam com metade do dinheiro que as vítimas recebiam pelo trabalho como prostitutas.

“Essas indiciadas são acusadas de montar um canal internacional de prostituição ao ameaçar jovens desesperadas do Brasil depois de enganá-las com a perspectiva de empregos legais”, afirmou David Nahmias, procurador-geral do distrito norte da Geórgia, em um comunicado.

De acordo com Nahmias, a investigação – conduzida por agentes especiais da polícia de imigração americana e pelo FBI (a polícia federal americana) – continua em andamento e há indícios de que outras mulheres podem ter sido vítimas do esquema.