EUA investigam WikiLeaks depois do vazamento de dados diplomáticos

Por Gazeta Admininstrator

Eric Holder, procurador-geral dos Estados Unidos, informou que seu departamento abriu uma investigação criminal sobre o vazamento em massa de documentos diplomáticos pelo site WikiLeaks.

Os mais de 250 mil documentos desse lote expõem avaliações francas e embaraçosas de funcionários dos EUA a respeito de líderes mundiais. Meses atrás, o WikiLeaks - especializado na divulgação de documentos sigilosos - já havia trazido a público 500 mil documentos dos EUA relacionados às guerras do Afeganistão e Iraque.

De acordo com Holder, o Governo condena o vazamento das correspondências de embaixadas e missões diplomáticas americanas, que “põem em perigo não só indivíduos e diplomatas, mas também a relação que temos com nossos aliados no mundo todo”.

Para ele, a publicação dos documentos representa “um risco para a segurança nacional” dos EUA. A investigação criminal é realizada junto ao Departamento de Defesa para determinar as responsabilidades do vazamento dos documentos.

“Não posso ainda antecipar resultados, mas a investigação criminal está em andamento”, apontou em discurso à imprensa.

No domingo, dia 28, os jornais The New York Times (EUA), El País (Espanha), Le Monde (França), Die Spiegel (Alemanha) e The Guardian (Reino Unido) publicaram o conteúdo de 250 mil correspondências diplomáticas dos EUA, com informações delicadas, o que causou controvérsias em todo o mundo.

As mensagens trocadas entre as embaixadas revelam, entre outras questões, como o Departamento de Estado ordenou que se espionasse o secretário-
geral da ONU, Ban Ki-moon, e as dúvidas que outros líderes internacionais despertam ao Governo americano.

Investigação

Bradley Manning, 23 anos, ex-analista de inteligência do Exército norte-americano, é o pivô da investigação do vazamento de comunicações diplomáticas secretas divulgadas pelo site WikiLeaks, dizem funcionários dos EUA sob a condição de anonimato.

Em um chat na internet, Manning teria dito ao ex-hacker, Adrian Lamo, que ia trabalhar levando um CD com músicas de Lady Gaga, sobre o qual ele gravava dados retirados de uma rede militar secreta da internet.

As autoridades dos EUA não falam abertamente sobre Manning, para não prejudicar as investigações. Manning está detido na base Quantico dos Marines, na Virgínia, depois de haver sido indiciado em julho por ter obtido ilegalmente um vídeo secreto, de 2007, que mostrava um ataque de helicóptero que matou 12 pessoas no Iraque, inclusive 2 jornalistas da Reuters. Esse vídeo foi divulgado em abril pelo WikiLeaks. Ele também foi acusado de ter baixado em seu computador mais de 150 mil documentos do Departamento de Estado quando trabalhava na operação de inteligência da Segunda Brigada da Décima Divisão de Montanha, no Iraque.

Ele passou adiante parte desses documentos, mas as autoridades dos EUA não esclareceram se essas são as mesmas informações divulgadas pelo WikiLeaks. Manning contou de seus feitos ao ex-hacker Adrian Lamo, que o entregou às autoridades, segundo relato de Lamo à agência de notícias Reuters. Manning foi prontamente detido pelo Exército e ficou preso no Kuait antes de ser transferido para os EUA.

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