EUA, Japão e a Austrália se unem contra a Correia do Norte.

Por Gazeta Admininstrator

Os Estados Unidos, o Japão e a Austrália e se uniram contra os testes nucleares anunciados pela Coréia do Norte, afirmando que qualquer tipo de teste com mísseis nucleares de longa distância poderá gerar "sérias e graves conseqüências" para o país.

A Coréia do Norte aparentemente se prepara para realizar testes com mísseis que seriam capazes de atingir os Estados Unidos, colocando o país em alerta.

O Japão, que foi atingido por um míssil norte-coreano em 1998, lidera os apelos pelo fim da preparação dos testes nucleares. "O Japão pede que a Coréia do Norte suspenda a tentativa de lançar um míssil", afirmou o premiê japonês, Junichiro Koizumi.

"Estamos nos esforçando para que o país aja de maneira racional e com auto-preservação. Se não nos ouvirem e lançarem um míssil, consultaremos os Estados Unidos para tomar medidas duras", acrescentou. Koizumi se recusou a especificar que tipo de medida poderia ser tomada, mas autoridades citam sanções e um apelo ao Conselho de Segurança da ONU.

O Embaixador americano no Japão, Thomas Schieffer, afirmou que sanções seriam uma "opção". "Eu acredito que sanções devem ser consideradas, mas não gostaria de dizer que tipo de ação poderia ser tomada", afirmou Schieffer. Segundo ele, o lançamento de um míssil "valeria" discussões no Conselho de Segurança e ações.

Coréia do Sul

A Coréia do Sul também se manifestou contra a realização dos testes. "É hora de [a Coréia do Norte] realizar um gesto decisivo para o estabelecimento da paz na península a Coréia, por meio da cooperação com a Coréia do Sul", afirmou Kim Geun-tae, porta-voz do partido governista Uri.

A Austrália, que é um importante aliado dos EUA, também expressou preocupação. O ministro das Relações Exteriores afirmou ter enviado uma mensagem ao Embaixador norte-coreano em Canberra, Chon Jae Hong, para "alertá-lo que a realização de testes com mísseis de longa distância pode levar a sérias conseqüências".

Segundo ele, o lançamento de um míssil seria "uma grande provocação". A Nova Zelândia anunciou que enviará uma mensagem a Coréia do Norte nesta semana.

Testes

Um teste com um míssil que seria do tipo Taepodong-2 traria mais tensão à região, que já sofre com ameaça constante devido ao programa nuclear norte-coreano. Negociações entre seis partes a respeito do programa estão suspensas há meses. Os Estados Unidos pedem que Pyongyang volte à mesa de negociações.

Segundo o Embaixador sul-coreano nos Estados Unidos, Lee Tae-Sik, embora os preparativos para um teste nuclear sejam "preocupantes", seria melhor não "chegar a conclusões" antes que os testes sejam realizados. "Nós vemos sinais de que [os testes] possam acontecer, mas não podemos excluir a possibilidade de que [a Coréia do Norte] mude de idéia", afirmou.

A Coréia do Norte respeita a suspensão dos testes com mísseis de longa distância desde 1999.