EUA libera gravações de testes nucleares feitos entre 45 e 62

Por Gazeta News

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[caption id="attachment_139882" align="alignleft" width="380"] Foto: reprodução Youtube[/caption]

As imagens são chocantes e demonstram o enorme poder destrutivo das armas nucleares que, entre 1945 e 1962, foram testadas pelos EUA. Cerca de 210 testes foram filmados e todo este material guardado por décadas a sete chaves. Agora, o pesquisador Greg Spriggs, do Laboratório Nacional Lawrence Livermore, está coletando e digitalizando estas gravações para que nenhum registro se perca.

A equipe de Spriggs já localizou cerca de 6.500 filmes, de um total estimado em 10 mil gravações. Quase 4.200 foram escaneados, entre 400 e 500 foram reanalisados e 750 liberados ao público. Esta semana no Youtube, 63 vídeos foram publicados e mostram o poder de destruição ainda maior de armamentos mais modernos.

"É inacreditável a quantidade de energia liberada — disse Spriggs. — Nós esperamos que nunca mais tenhamos que usar uma arma nuclear novamente. Eu acredito que se nós capturarmos a história disso e mostrarmos o poder dessas armas e a devastação que elas podem provocar, talvez as pessoas sejam relutantes sobre o seu uso", disse.

Durante combates militares, apenas duas bombas atômicas foram utilizadas: em Hiroshima e Nagasaki, para encerrar a Segunda Guerra Mundial. Os resultados que estes armamentos podem provocar no mundo de hoje são incalculáveis.

O propósito do trabalho do pesquisador é impedir que todo este material histórico se deteriore. "Nós sabemos que esses filmes estão no ponto de decomposição prestes a se tornarem inúteis. Os dados que estamos coletando agora precisam ser preservados em formato digital porque não importa quão bem os filmes sejam tratados, eles irão se decompor. Nós precisamos terminar esse projeto a tempo de salvar os dados", frisou.

O arquivo das gravações é importantíssimo para a comunidade científica e, com técnicas modernas, é possível extrair ainda mais informações do que na época em que foram feitos. Nas décadas de 1950 e 1960, a análise era manual, frame a frame. Para isso, a companhia que fez as gravações empregava cerca de mil analistas. A equipe de Spriggs é formada por menos de cinco pessoas e os resultados são mais precisos.

Com informações de ABC News e The Verge.