A economia norte-americana gerou 138 mil empregos nos EUA no mês de abril. Porém, a quantidade de novos postos é a menor desde o último mês de outubro, logo após a passagem de furacões pelo país.
Os números foram divulgados nesta sexta-feira (5) pelo Departamento do Trabalho.
O índice de desemprego, por sua vez, manteve-se em 4,7%.
Os salários apresentaram elevação no último mês, de 3,8% no último período de 12 meses, maior ganho no período desde o divulgado em agosto de 2001. Em comparação com março, os salários no país aumentaram 0,5%, contra uma expectativa de 0,3% dos analistas.
Os números podem aumentar as inquietação entre economistas sobre pressões inflacionárias,e os novos aumentos de juros que o Federal Reserve (Fed, o BC americano) pode adotar para contê-las.
Em outubro de 2005, foram criados somente 37 mil empregos. Os números de fevereiro e março deste ano foram revistos para baixo: naqueles meses foram criados, respectivamente, 211 mil e 225 mil empregos.
O dado de hoje também frustrou a expectativa dos analistas, que previam o surgimento de 200 mil postos de trabalho.
Novas oportunidades
As redes varejistas eliminaram pouco mais de 36 mil empregos em abril, maior número desde setembro de 2005.
Porém no setor manufatureiro, houve a contratação de 19 mil funcionários, maior em quase dois anos; o setor de lazer e hospedagem contratou 20 mil novos funcionários; os serviços de educação e postais abriram 35 mil novas vagas; empresas de serviços especializados e comerciais contrataram 28 mil novos trabalhadores; empresas financeiras contrataram 26 mil pessoas; e o setor de construção civil criou 10 mil empregos.
Os números publicados hoje se ajusta às estimativas dos economistas, que prevêem uma desaceleração na economia americana neste trimestre, com expansão de 3% (contra 4,8% no primeiro trimestre deste ano).
