EUA negam apoio para entrada do Brasil na OCDE

Por Gazeta News

[caption id="attachment_182082" align="alignleft" width="360"] Bolsonaro e Trump na Casa Branca em março. Foto: Kevin LamarquesReuters.[/caption] Apesar das promessas de Donald Trump a Jair Bolsonaro, o governo dos Estados Unidos não deu aval para apoiar a entrada do Brasil na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Antes do Brasil, os Estados Unidos estão priorizando a entrada da Argentina e Romênia. Segundo o governo brasileiro, apenas por uma questão cronológica. Durante visita de Bolsonaro à Casa Branca em março (leia a matéria na íntegra aqui), o apoio americano ao ingresso do Brasil na OCDE foi um dos principais acordos anunciados e comentados. Troca de elogios marca encontro entre Trump e Bolsonaro na Casa Branca Segundo a agência Bloomberg nesta quinta-feira, 10, o governo dos Estados Unidos teria desistido de apoiar a candidatura do Brasil informado em uma carta do secretário de Estado americano, Mike Pompeo, enviada ao secretário geral da organização, José Ángel Gurría, em 28 de agosto, na qual afirma que não quer discutir uma maior ampliação do clube de países mais ricos. Ele só apoia as candidaturas da Romênia e da Argentina. "Os EUA continuam preferindo uma ampliação em ritmo controlado e que leve em conta a necessidade de pressionar por governança", diz o documento, de acordo com a Bloomberg. Trump ou Bolsonaro? Quem mais influencia na variação do dólar? Política externa A adesão à entidade é um dos principais objetivos da política externa da gestão Bolsonaro e era dada como justificativa para o alinhamento total entre Brasil e EUA. O Itamaraty havia anunciado publicamente a formalização do apoio dos Estados Unidos à adesão do Brasil. O próprio Trump chegou a dizer que sustentaria a candidatura brasileira. Uma fonte do governo americano ouvida pela Bloomberg explicou que os EUA estão abertos a um eventual convite ao Brasil, mas deram prioridade a Argentina e Romênia, "dados os esforços destes países para implantar reformas econômicas e por seu compromisso com o livre-mercado". Segundo o governo brasileiro, a entrada da Romênia e Argentina, e não a do Brasil, serão feitas primeiro por um motivo cronológico, já que esses dois países iniciaram o processo de entrada na organização internacional há mais tempo e os norte-americanos ainda apoiam uma entrada futura do Brasil . Desde o início do governo Bolsonaro, o Brasil já ofereceu aos EUA acesso à base de lançamento de foguetes em Alcântara (MA) e isentou turistas americanos de visto. Em troca, Trump designou o país como "aliado extra-OTAN" e prometeu apoiar sua candidatura na OCDE. O pedido de adesão do Brasil foi feito em maio de 2017, ainda no governo Temer, mas a entrada depende da aprovação dos Estados-membros, que incluem as nações mais desenvolvidas do mundo, além de países do leste europeu, do Chile, do México e da Turquia. Com informações do UOL.