EUA negam suposta proposta nuclear ao Irã

Por Gazeta Admininstrator

El Baradei espera que Irã aceite proposta sobre energia nuclear
A secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, negou nesta quinta-feira informações sobre uma suposta proposta para permitir ao Irã manter um programa nuclear limitado.
"Não há proposta americana e européia aos iranianos. Eu quero dizer isso categoricamente", afirmou Rice.

Diplomatas haviam dito anteriormente que a suposta proposta permitiria ao Irã converter urânio em gás – o que já vem fazendo desde agosto – com o enriquecimento sendo feito na Rússia.

O Irã não comentou as informações.

"Acordo próximo"

O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohammed El Baradei, disse acreditar que um acordo estava próximo.

Uma porta-voz de El Baradei afirmou: "Ele espera que nos próximos dias a comunidade internacional possa se unir em torno de uma solução que seja aceitável para todas as partes, incluindo o Irã".

A Grã-Bretanha, um dos três países europeus envolvidos nas negociações em nome da União Européia, não descartou a suposta proposta.

O Ministério das Relações Exteriores disse, porém, que ela estava sendo discutida informalmente e que as complicações técnicas ainda precisariam ser analisadas com mais detalhes.

A onda de discussões ocorre enquanto os dois lados tentam parecer mais flexíveis antes de uma reunião decisiva sobre a questão marcada para daqui a duas semanas em Viena.

Ameaça

A possibilidade de um acordo ainda é considerada pouco provável, por conta da dura retórica adotada recentemente pelos dois lados.

No entanto, Teerã sabe, também, que se recusar uma avaliação de qualquer acordo o comitê da AIEA poderia finalmente cumprir sua ameaça de levar o Irã ao Conselho de Segurança da ONU para a imposição de sanções.

As discussões entre os três países europeus e o Irã fracassaram em agosto, depois que o país retomou o processamento de urânio, encerrando nove meses de suspensão da atividade.

No início desta semana, o diretor da AIEA disse que uma alternativa seria a criação de uma central global de combustível nuclear, que forneceria urânio aos países, inclusive o Irã.