EUA negam vistos a parceiros de diplomatas gays

Por Gazeta News

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Os Estados Unidos decidiram negar o visto de permanência no país aos parceiros de mais de 100 diplomatas homossexuais estrangeiros. A concessão será garantida apenas aos casados oficialmente, de acordo com comunicado das autoridades americanas na terça-feira, 2. A mudança entrou em vigor na segunda-feira, 1º, e agora os parceiros que estão nos EUA têm até 31 de dezembro para sair, se casar ou mudar o visto. A nova atualização da política de administração Trump foi divulgada em um memorando da Organização das Nações Unidas (ONU) e reverte a política anterior do Departamento de Estado, adotada pela então secretária Hillary Clinton, onde os Estados Unidos emitiam vistos para casais do mesmo sexo, independentemente de seu estado civil. Com a mudança de orientação, cerca de 105 famílias serão afetadas, das quais 55 são formadas por diplomatas designados para asNações Unidasou outro organismo internacional com sede ou representação nos Estados Unidos, segundo um funcionário do Departamento de Estado. O memorando afirma: "A partir de 1º de outubro de 2018, parceiros domésticos do mesmo sexo que acompanham ou pretendem ingressar em oficiais recém-chegados das Nações Unidas devem fornecer prova de casamento para ter direito a um visto G-4 ou buscar uma mudança em tal status." Os vistos G-4 são concedidos a funcionários de organizações internacionais e suas famílias imediatas. Os vistos para os parceiros de diplomatas poderão ser emitidos se eles se casarem, mesmo que em solo americano, determinou o Departamento de Estado, comandado porMike Pompeo. O Departamento de Estado atribui a decisão ao princípio de reciprocidade – a aplicação de medida equivalente à adotada por outro país contra os seus interesses -, e não a uma agenda “anti-gay”. Grande fluxo de haitianos vindos do Brasil faz EUA mudarem política de deportação ex-embaixadora dos EUA na ONU, Samantha Power, condenou a política, chamando-a de "desnecessariamente cruel e fanática". A ONU-Globo, defensora da igualdade LGBT na ONU, disse que a nova política do governo Trump é "uma infeliz mudança de regras". "Casais que já estão dentro dos Estados Unidos poderiam ir à prefeitura e se casar. Mas poderiam ser expostos a processos se voltassem a um país que criminaliza a homossexualidade ou os casamentos entre pessoas do mesmo sexo." Após o final deste ano, espera-se que os parceiros não casados ??de diplomatas e funcionários das Nações Unidas deixem os EUA dentro de 30 dias, caso permaneçam solteiros e sem mudança no status do visto. Atualmente, 25 países reconheceram o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A homossexualidade continua ilegal em 71 países. Com informações da BBC News. Leia também Vice-presidente dos EUA usou e-mail particular para questões políticas