EUA pedem à América Latina que não use militares como polícia

Por Gazeta News

militares

A utilização de militares para desempenhar funções policiais na América Latina foi contrariada pelo secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta. Abordando um problema enfrentado por muitos países latino-americanos, que lutam contra insurgências e o tráfico de drogas, ele defende que “o uso de militares para realizar a aplicação da lei civil não pode ser uma solução de longo prazo”. As informações são da “Reuters”.

Panetta reconheceu que, às vezes, é difícil saber se as ameaças à paz e à estabilidade devem ser tratadas pelos policiais ou pelo Exército, um debate que dividiu os Estados Unidos durante a resposta aos ataques de 11 de Setembro.

“Como parceiros, os Estados Unidos vão fazer o que nós pudermos para aproximar as diferenças de capacidade entre as forças armadas e os policiais”, disse Panetta na 10ª Conferência de Ministros da Defesa das Américas.

“Temos o compromisso de fazê-lo de uma forma respeitosa aos direitos humanos, à regra da lei e à autoridade civil”, afirmou. “Nós podemos e iremos fornecer uma ajuda, mas as autoridades civis, em última análise, devem ser capazes de arcar com esse ônus por conta própria.”

Estratégia A Declaração de Política de Defesa para o Hemisfério Ocidental do Pentágono, divulgada na semana passada, enfatizou ameaças como o terrorismo e o tráfico de drogas, e pediu ao Pentágono para ajudar os países parceiros - aqueles com os quais os Estados Unidos não têm um tratado formal de aliança - a desenvolver e profissionalizar suas forças militares.

A estratégia visa renovar os laços militares dos EUA com a América Latina depois de uma década em que Washington esteve focado nas guerras do Iraque e Afeganistão e os países da região se queixaram de negligência.

Mas com uma história longa e complicada de intervenções e de intromissão na América Latina, os Estados Unidos terão de superar suspeitas profundas, conforme trabalham para construir laços militares mais amplos.