EUA pedem extradição e o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, é preso em Londres

[caption id="attachment_183140" align="alignleft" width="440"] Julian Assange estava na embaixada do Equador em Londres desde 2012. — Foto: Henry Nicholls/Reuters.[/caption] O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, de 47 anos, foi preso nesta quinta-feira, 11, pela polícia britânica na embaixada do Equador, em Londres, onde estava refugiado desde 2012. O WikiLeaks é uma organização que divulga documentos confidenciais de governos e empresas. Um dos maiores vazamentos envolve o governo americano, que emitiu nota confirmando o pedido de extradição. Em Londres, os policiais entraram na embaixada após o presidente equatoriano, Lenín Moreno, suspender o asilo que concedia a Assange, que foi levado para uma delegacia do centro de Londres e depois seguiu para a Corte de Magistrados de Westminster. Segundo Moreno, o fundador do WikiLeaks violou repetidas vezes os termos acordados para permanência na embaixada. Ele disse que o asilado não tinha o direito de "hackear contas privadas ou telefones" e não podia intervir na política de outros países, especialmente aqueles que têm relações amistosas com o Equador. WikiLeaks vaza informações secretas que seriam da CIA A cidadania equatoriana de Assange foi suspensa, de acordo com o ministro das Relações Exteriores do país. Para o WikiLeaks, a decisão do Equador foi "ilegal", mas o grupo já esperava o "despejo" do seu fundador principalmente depois da divulgação feita pelo WikiLeaks na quarta-feira, 10, que Assange foi espionado durante parte do período em que ele ficou na embaixada. Kristinn Hrafnsson, editor-chefe do WikiLeaks, disse que as informações podem ter sido entregues ao governo do presidente Donald Trump. Assange é investigado nos EUA pelo maior vazamento de documentos da sua história. Assange foi acusado, pelo presidente equatoriano, de instalar equipamentos eletrônicos não permitidos e bloquear câmeras de segurança da embaixada, além de maltratar guardas. Nesta semana, Fidel Narvaez, ex-cônsul do Equador, havia dito que Assange foi acusado de invadir a privacidade de Moreno. Partido WikiLeaks se ‘manterá vivo’, diz Assange O Departamento de Justiça dos Estados Unidos confirmou que emitiu uma extradição esse pedido de Assange "em conexão com uma acusação federal de conspiração para cometer invasões por computador e concordar em quebrar uma senha para um computador do governo dos EUA". Caso condenado, Assange pegará cinco anos de prisão. Segundo o jornal The Gaurdian, a acusação dos EUA alega que em março 2010 Assange se envolveu em uma conspiração Com Chelsea Manning, ex-analista de inteligência do Exército dos EUA, para ajudar Manning em violar uma senha armazenada nos computadores do Departamento de Defesa ligadas ao segredo Protocolo de Internet de rede US (SIPRNet) - uma rede do governo dos EUA usada para documentos e comunicações confidenciais. Manning, que tinha acesso aos computadores em conexão com seus deveres como analista de inteligência, estava usando os computadores para baixar registros confidenciais para transmitir ao WikiLeaks. A quebra da senha teria permitido que Manning fizesse "logon" nos computadores com o nome de usuário que não pertencia a ela. Tal medida enganosa teria tornado mais difícil para os pesquisadores determinar a fonte das divulgações ilegais. Com informações do The Guardian. Leia mais sobre o WikiLeaks em EUA investigam WikiLeaks depois do vazamento de dados diplomáticos