EUA: Preço do Petróleo tem alta após a constatação de temporada intensa de furacões.

Por Gazeta Admininstrator

A previsão feita nesta segunda-feira(22) por especialistas do NHC (National Hurricane Center), de Miami, de que a temporada de furacões neste ano deverá ser intensa, teve repercussão no valor do barril do petróleo que passou dos US$ 70 nesta terça-feira(23).

Segundo o NHC, a temporada de furacões deste ano, prevista para começar em 1º de junho e que deve durar até o mês de novembro, pode ocasionar a ocorrência de até 16 grandes tempestades, das quais seis podem se tornar furacões.

Em 2005, foram registradas 28 grandes tempestades, sendo que 15 se tornaram furacões , e destes, ao menos 7 alcançaram categoria 3 ou superior.

A possibilidade de furacões como os que atingiram a região do golfo do México e o sul dos EUA no em 2005, como o Katrina e o Rita, preocupa os investidores. Com a passagem dos furacões, além da destruição causada em cidades do sul do país, como Nova Orleans, boa parte da produção de plataformas petrolíferas e refinarias ficou interrompida,e ainda não voltou aos níveis pré-furacões de 2005.

Com a interrupção no produção, o mercado petrolífero foi atingido pelo temor de escassez de combustível nos EUA. Em alguns Estados americanos, o galão (3,785 litros) chegou a passar dos US$ 3 (quase US$ 1 acima do preço médio antes dos furacões) e o barril da commodity atingiu os US$ 55,67, recorde à época,no fim de agosto.

Desde então, além dos fatores geopolíticos, como a crise nuclear no Irã e a violência na Nigéria, o temor de escassez, causado tanto pelo crescimento da demanda mundial por petróleo como pela incapacidade das plataformas e refinarias americanas de atender a demanda doméstica por combustíveis, fizeram o barril passar de US$ 75 em abril.

A alta, no entanto, se deve também à mudança do contrato de referência, os contratos para junho expiraram ontem. Amanhã (24) o Departamento de Energia dos EUA deve divulgar seu relatório semanal de estoques, e a expectativa dos analistas é de que a reserva americana da commodity tenha recuado em cerca de 400 mil barris.