EUA prolongam fechamento de alguns postos diplomáticos até dia 10
Os Estados Unidos estenderam o fechamento de 28 consulados e embaixadas no Oriente Médio até o 10 de agosto, devido a uma suposta ameaça da rede Al-Qaeda. O fechamento inicial já tinha acontecido no dia 4.
De acordo com o departamento de Estado, Reino Unido, França e Alemanha também decidiram fechar suas embaixadas no dia 4 e 5, após o anúncio feito por Washington na quinta-feira, 1º.
A ameaça de atentados da Al-Qaeda afeta todas as representações ocidentais, advertiu o chefe do Estado-Maior dos Estados Unidos, Martin Dempsey. As ameaças são "mais específicas", mas não se sabe o alvo exato, diz a agência “Reuters”.
O alerta de Washington indicava um risco elevado de atentados da rede Al-Qaeda em agosto, "principalmente no Oriente Médio e no norte da África" e "na Península Arábica". Uma reunião sobre as ameaças terroristas da Al-Qaeda foi realizada, no sábado, na Casa Branca.
O fechamento da embaixada da França pode durar "vários dias", indicou o presidente francês, François Hollande, enquanto o Canadá decidiu fechar de forma preventiva sua representação diplomática em Dacca, Bangladesh.
No sábado, a Interpol também emitiu um alerta global de segurança no qual pedia que os países membros desta organização de cooperação policial aumentassem a vigilância frente à ameaça da Al-Qaeda, já que o mês de agosto marca o aniversário de vários "ataques terroristas violentos" em Índia, Rússia e Indonésia.
Em uma gravação que circula nos fóruns jihadistas há um mês, o líder da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, acusa os Estados Unidos de terem armado um "complô" com o Exército egípcio e com a minoria copta para destituir o presidente islamita Mohamed Mursi, no início de julho.
Na última semana, o presidente americano, Barack Obama, agradeceu ao seu colega iemenita Abd Rabbo Mansur Hadi, em visita aos Estados Unidos, por sua "sólida cooperação" na luta contra a Al-Qaeda.
A visita de Hadi ocorreu no momento em que Washington realiza várias operações contra os radicais islâmicos no Iêmen, em particular bombardeios de drones (aviões não tripulados), com a autorização tácita de Sanaa, que enfrenta a violência de grupos armados.
A Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA), com base no Iêmen e muito ativa, é considerada pelos Estados Unidos o braço mais perigoso da rede extremista no mundo.
Com informações das agências de notícias internacionais.