EUA propõe separar filho de mãe indocumentada na fronteira

Por Gazeta News

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[caption id="attachment_138857" align="alignleft" width="300"] Trump quer o fim da política que permite a pais aguardarem em liberdade seus processos. Foto: Washington Post.[/caption]

A proposta de separar mães e filhos que atravessarem ilegalmente a fronteira com os EUA está sendo estudada pelo Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (DSI). Isso significa que o governo manteria os pais presos durante o processo de deportação, enquanto as crianças ficariam sob custódia do Departamento de Saúde e Serviços Humanos (DHS), numa condição “menos restritiva”.

A medida prevê ainda que a criança seja colocada aos cuidados de um parente nos Estados Unidos ou de um tutor indicado pelo governo. Hoje, famílias de imigrantes contestando a deportação ou pedindo asilo, geralmente são soltas rapidamente e têm permissão para ficar nos EUA até que seus casos sejam decididos.

Donald Trump já pediu o fim desta política, que chamou de “prende e solta”. Isso acontece principalmente porque uma decisão do tribunal federal impede a detenção prolongada de menores e aí os pais acabam também aguardando em liberdade.

No Congresso, deputados republicanos têm argumentado que as mulheres imigrantes estão dispostas a arriscar a viagem com seus filhos porque têm a certeza de que serão soltas rapidamente e suas audiências levarão anos para acontecer.

À agência Reuters, o DHS disse que a viagem é perigosa, e em muitos casos as crianças — trazidas por pais, outros familiares e contrabandistas — são exploradas, abusadas e podem até ser mortas. Funcionários do governo, contudo, disseram que ainda não há decisão tomada. A Casa Branca também não se pronunciou oficialmente.

Contudo, a proposta já tem adversários declarados, caso do deputado democrata do Texas, Henry Cuellar. Em um comunicado, ele disse: "É quando deixamos a segurança de fronteira e entramos na violação de direitos humanos. Separar mulheres de seus filhos é errado. Ponto final".

Cerca de 54 mil crianças e seus tutores foram detidos entre 1º de outubro de 2016 e 31 de janeiro deste ano — é mais que o dobro do registrado no mesmo período do ano passado.

Com informações da Reuters.