EUA registra a maior queda de pedidos às fábricas no mês abril.

Por Gazeta Admininstrator

Segundo informativo do Departamento do Comércio, divulgado nesta sexta-feira (2) a quantidade de pedidos feitos às fábricas norte-americanas no mês de abril registrou queda de 1,8%, maior recuo em 3 meses, ampliando a lista de indicadores que apontam para uma desaceleração no país.

A demanda por bens manufaturados nos Estados Unidos teve baixa de US$ 7,4 bilhões, para US$ 397,98 bilhões em abril, em comparação com o mês de março. Esse índice é o menor desde janeiro, quando a queda foi de 2,7%

A diminuição nos pedidos de aeronaves comerciais, de 29,1%, foi a maior no período, mas outros setores, como os de computadores e outros equipamentos eletrônicos (queda de 10,8%) e o de maquinário para construção (queda de 2,5%), também prejudicaram o desempenho do índice em abril (na comparação mensal).

Outro dado que indica uma desaceleração no ritmo do crescimento da economia norte-americana foi divulgado hoje. Trata-se do número de empregos fora do setor agrícola criados nos EUA em maio, que ficou em 75 mil, muito abaixo dos 170 esperados pelos economistas, mais baixo desde outubro de 2005.

Os pedidos de bens duráveis (com duração de até três anos) teve queda de 4,4%, maior também desde janeiro, mas ligeiramente menor que a estimativa divulgada na semana passada, de 4,8%.

Já os pedidos de bens não-duráveis (como vestuário e alimentos) tiveram alta de 1,2% em abril, índice inferior, no entanto, ao de março, mês em que houve alta de 1,8%.

No total, o setor de transportes teve queda de 11,7% no número de pedidos. Para equilibrar o dado fraco no setor de aviões comerciais, o setor de veículos e autopeças teve alta de 1,7%.

Ontem, o departamento informou que a atividade no setor de construção civil nos EUA registrou uma retração de 0,1% em abril. Foi a primeira desde junho de 2005, causada principalmente pela queda de 1,1% na categoria de imóveis residenciais.

Segundo analistas, a queda já é reflexo dos efeitos do ciclo de altas de juros do Federal Reserve (Fed, o BC americano) sobre o mercado imobiliário. O banco elevou seus juros 16 vezes consecutivas desde junho de