EUA registram mais tiroteios em massa do que dias em 2019, aponta GVA

[caption id="attachment_191912" align="alignleft" width="393"] Tiroteio numa casa deixa 4 mortos e seis feridos em Fresno, Califórnia. Foto: CNN.[/caption] Até o dia 18 de novembro, que foi o 322º dia do ano, ocorreram 371 tiroteios em massa nos EUA, de acordo com dados do Gun Violence Archive (GVA), grupo de pesquisa sobre violência armada sem fins lucrativos que rastreia todos os tiroteios em massa no país. Vinte e oito desses tiroteios foram assassinatos em massa (veja a diferença abaixo), aponta a organização. Ou seja -o número de tiroteios em massa nos EUA até agora em 2019 ultrapassou o número de dias este ano, de acordo com GVA. Isso coloca 2019 no ritmo de ser o primeiro ano desde 2016, com uma média de mais de um tiroteio em massa por dia. Com 253 tiroteios em massa esse ano, EUA analisam mais rigor para compra de armas EUA enfrenta um tiroteio em massa por dia, diz pesquisa Segundo o GVA, até a data citada 34.497 pessoas morreram e 26.086 ficaram feridas devido a incidentes com armas de fogo, que incluem não só tiroteios, mas também homicídios, suicídios e acidentes, refere o site da associação. O que define um tiroteio em massa? O GVA define tiroteio em massa como qualquer incidente em que pelo menos quatro pessoas sejam baleadas ou mortas, excluindo o atirador. O grupo também rastreia assassinatos em massa, conforme definido pelo FBI - incidentes nos quais pelo menos quatro pessoas são mortas. Até agora, houve 28 assassinatos em massa em 2019. O FBI não tem uma definição formal de tiroteio em massa, e, em vez disso, refere-se a esses eventos como incidentes com "atiradores ativos". Eles excluem a violência de drogas ou gangues e "descargas acidentais de uma arma". Diz que "um atirador ativo é um indivíduo envolvido ativamente em matar ou tentar matar pessoas em uma área povoada". Maior ataque a tiros deixa mortos e feridos em Las Vegas O número de 371 tiroteios em massa inclui vários ataques de alto nível, dois dos quais ocorreram dentro de 24 horas um do outro, sendo: - Fresno, Califórnia, dia 17 de novembro, onde quatro pessoas morreram e seis ficaram feridas quando um atirador abriu fogo contra um grupo de familiares e amigos no quintal de uma casa; -Um tiroteio na escola Saugus, em Santa Clarita, Califórnia, em 14 de novembro, com dois estudantes adolescentes mortos e três feridos. O suspeito, um estudante de 16 anos, levou um tiro na cabeça e morreu no dia seguinte; -Um tiroteio em Odessa e Midland, Texas, em 31 de agosto, com sete pessoas mortas e 24 feridas; -Um tiroteio em um distrito histórico de Dayton, Ohio, em 4 de agosto, com nove pessoas mortas e 27 feridas; -Um tiroteio no Walmart em El Paso, Texas, em 3 de agosto, com 22 pessoas mortas e pelo menos 24 feridas. Foi o tiroteio mais mortal do ano; -Um tiroteio em um prédio municipal em Virginia Beach, em 31 de maio, onde um ex-funcionário da cidade matou 12 pessoas e feriu quatro. A última vez que o número de mortos em tiroteio superou os dias do ano foi em 2016, que teve 382 assassinatos em massa - o máximo em qualquer ano desde que o Arquivo de Violência Armada começou a acompanhar. Os últimos dois anos chegaram perto, com 346 tiroteios em massa em 2017 e 340 em 2018. Segundo dados do Pew Research Center, 44% dos americanos dizem conhecer alguém que foi baleado e outros 23% relatam que uma arma foi usada para ameaçar ou intimidá-los ou a um membro da família. Com informações da Associated Press e Gun Violence,