EUA: Suspeitos de planejar atentados são apresentados à Justiça de Miami.

Por Gazeta Admininstrator

Cinco dos sete homens acusados de pertencer a uma célula terrorista nos Estados Unidos foram apresentados nesta sexta-feira(23) à Justiça de Miami, que os investiga por orquestrar um suposto complô contra a Torre Sears de Chicago e outros alvos na Flórida.

Um dos sete suspeitos compareceu a um tribunal federal de Atlanta (sudeste), onde foi detido, e o sétimo não apareceu, por estar preso em Miami por um caso não relacionado à conspiração.

Dos sete, cinco são americanos e dois, estrangeiros.

Os homens integravam um grupo religioso que se fazia chamar Mares de David, misturando crenças judaicas, cristãs e islâmicas, segundo Sylvain Plantain, primo de um dos detidos, Stanley Grant Phanor, 31.

Eles foram capturados por jurar lealdade, presumivelmente, à Al Qaeda, depois que seu líder, Narseal Batiste, se aproximou, em dezembro de 2005, de um homem, provavelmente um policial, que se fez passar por membro da rede terrorista. Esse homem dizia que estava armando um "Exército islâmico" para uma guerra santa contra os Estados Unidos.

Ajuda da Al Qaeda

Segundo as acusações, Batiste teria entregue ao suposto contacto com a Al Qaeda uma lista pedindo equipamento de guerra para um atentado "tão bom ou melhor que o usado no 11/9 [em referência aos ataques de 11 de setembro de 2001] para matar "todos os diabos que pudermos".

Os suspeitos enfrentam quatro acusações por conspiração terrorista, entre elas por atentar contra a Torre Sears de Chicago, o edifício mais alto do país, e um prédio do FBI (polícia federal dos EUA) em North Miami Beach.

Batiste também teria discutido planos para atentar contra sedes do FBI em cinco cidades diferentes.

O subdiretor do FBI, John Pistole, qualificou as detenções de "um passo importante na guerra contra o terrorismo aqui em Miami".

O promotor federal em Miami, Alexander Acosta, por sua vez, disse que "certamente tinham a intenção" de realizar um ataque, e que sua missão é "identificar e destruir estas células".

A irmã de Phanor, Marlene Phanor, disse que as detenções fazem parte de um "espetáculo" para assustar os cidadãos.

"Eles nada sabem sobre ameaças com bombas e violência, nada disso", afirmou.