EUA: taxa de crescimento é a maior dos últimos 2 anos e meio.

Por Gazeta Admininstrator

De acordo com Departamento de Comércio dos Estados Unidos, o setor econômico do país registrou, nos primeiros 3 meses do ano, a maior taxa de crescimento dos últimos 30 meses.

O Produto Interno Bruto (PIB)aumentou a uma taxa anualizada de 4,8%,
mais do que o dobro do 1,7% conferidos nos últimos três meses do ano passado.

O desenvolvimento foi alavancado pelos gastos do governo para lidar com os estragos oriundos da última estação de furacões que atingiram
a costa sudeste do país. No balanço publicado nesta sexta-feira(28), o Departamento de Comércio pronuncia que gastos e investimentos, tanto de consumidores como de empresas, ajudaram a no progresso do setor economico.

Déficit comercial
O principal obstáculo foi o grande déficit na balança comercial norte-americana que tomou 0,8 ponto percentual do crescimento dos primeiros três meses. "Com o preço do petróleo disparando e a China investindo pesadamente em exportações,o déficit comercial continua a segurar o crescimento econômico dos Estados Unidos", disse Peter Morici, economista da Universidade de Maryland.

"Sem uma desvalorização do dólar diante do iuan, o crescimento americano vai se reduzir significativamente na segunda metade deste ano", acrescentou.

Na quarta-feira(26), o diretor do Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano), Ben Bernanke, disse ao Congresso que os principais oponentes do crescimento são uma alta invariável e prolongada do petróleo e uma enorme baixa do mercado de imóveis.
Bernanke disse também que brevemente o Fed pode parar de aumentar
os juros. Porém ressaltou que as pressões inflacionárias podem mudar essa tática se o valor dos combustíveis continuar em alta. Embora tenha ocorrido um forte crescimento entre os meses janeiro e março,
a inflação teve uma queda de 2%, contra os 2,4% registrados nos últimos três meses do ano passado, não levando em conta os custos de alimentos e combustíveis.

Ainda nesta sexta-feira(28), a Universidade de Michigan publicou dados que indicam que os consumidores estão começando a se inquietar com o alto custo do petróleo. O indicador de confiança do consumidor teve uma queda de 88,9, em março, para 87,4, em abril. "Isso não representa uma grande queda na confiança, mas mostra que ela está diminuindo e pode continuar assim enquanto o preço da gasolina aumentar", avalia Brian Fabbri, economista-chefe do BNP Paribas em Nova York.