EUA terá primeira mulher muçulmana no Congresso

Por Gazeta News

Rashida Tlaib congressista muculmana EUA foto Ansa
A advogada Rashida Tlaib será a primeira mulher muçulmana a ocupar uma cadeira do Congresso dos Estados Unidos. A ex-parlamentar de Michigan venceu as eleições especiais do partido democrata na quarta-feira, 8, e vai ocupar o lugar do congressista John Conyer, do mesmo partido. Outro ponto interessante é a “onda rosa” – como tem sido chamada a representatividade feminina nas eleições que ganhou força depois das eleições primárias nos Estados do Kansas, Michigan, Missouri e Washington, na terça-feira, 7. O número de mulheres candidatas ultrapassou o de 2016 e, além de Tlaib, outras 172 mulheres vão concorrer à Câmara dos Deputados no dia 6 de novembro. Para o Senado, até o momento há 11 candidatas mulheres confirmadas. A advogada muçulmana nasceu em Detroit, é filha de imigrantes palestinos e irá representar o 13° distrito de Michigan, tendo vencido entre um grande grupo de democratas. Ela ainda pode enfrentar algum candidato independente, que de qualquer forma teria que vencer em um território eminentemente progressista. Eu quero que pessoas pelo país saibam que não é preciso mudar quem você é para concorrer a uma vaga", comemorou pelo Twitter após o anúncio da vitória. A muçulmana, filha de emigrantes palestinianos, explicou que a decisão de avançar foi motivada pelo aumento dos ataques a muçulmanos norte-americanos e imigrantes desde que Donald Trump foi eleito Presidente dos EUA. “Eu não concorri porque a minha eleição seria histórica. Corri por causa de injustiças e pelos meus filhos que questionam a sua identidade [muçulmana] e onde pertencem. Eu nunca fui de ficar à margem”, disse Rashida Tlaib à ABC News na semana passada. A nova congressista derrotou a prefeita de Detroit, Brenda Jones, com 33% dos votos, contra 29% da adversária. As eleições especiais do Partido Democrata foram realizadas para definir o substituto do congressista John Conyer, que estava no cargo desde 1965 e se afastou em dezembro alegando motivos de saúde, mas que também responde por denúncias de assédio sexual. Michigan é um dos Estados com maior população muçulmana do país, e dos quais contam com mais candidatos que professam essa fé, enquanto os Estados Unidos experimentam um dos momentos com maior sentimento anti-islâmico.