EUA vão destinar US$ 50 milhões de ajuda aos palestinos

Por Gazeta Admininstrator

O presidente americano, George W. Bush, anunciou nesta quinta-feira que os Estados Unidos vão destinar US$ 50 milhões em ajuda aos palestinos da faixa de Gaza. A quantia é parte do pacote de US$ 150 milhões ainda em aprovação no Congresso americano.

"Vocês iniciaram uma jornada difícil, que requer coragem e liderança. E nós vamos fazer essa jornada juntos", afirmou Bush, durante entrevista coletiva que contou com a participação do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, durante sua primeira visita oficial à Casa Branca, desde que assumiu o cargo, após a morte do líder palestino Iasser Arafat, em novembro passado.

A ajuda dos EUA aos palestinos tem por objetivo "garantir que o plano de retirada [das colônias israelenses] de Gaza será um sucesso".

O dinheiro deverá ser usado pela ANP para a construção de uma infra-estrutura na região, afetada por altos índices de pobreza e desemprego.

Bush também disse que irá mandar a secretária americana de Estado, Condoleezza Rice, para discutir com as autoridades israelenses o plano de retirada das colônias judaicas de Gaza e da Cisjordânia --previsto para começar no segundo semestre deste ano.

Nesta quarta-feira, Abbas teve um jantar com Rice e antes de viajar a Washington, encontrou-se com o rei da Jordânia, Abdullah 2º, para coordenar os esforços de implementação do plano de paz, proposto pelo Quarteto --grupo formado pelos EUA, Rússia, União Européia e ONU-- que prevê a criação de um Estado palestino.

Há diversos entraves para o cumprimento do plano de paz adotado pelo Quarteto. Um deles é a divisão de Jerusalém, não aceita pelo governo israelense, que considera a cidade como capital do Estado de Israel. Internacionalmente, apenas Tel Aviv é reconhecida como tal.

Outro problema são os grupos extremistas palestinos. O governo de Israel exige que Abbas desarme as facções para continuar as negociações.

Na semana passada, a violência entre palestinos e israelenses ressurgiu, depois que militantes do grupo extremista palestino Hamas disseram que o Exército de Israel matou um suposto militante. Em resposta, os palestinos atiraram vários foguetes Qassam [de fabricação caseira] contra colônias judaicas em Gaza. Israel prometeu responder aos ataques.