"Trump não foi absolvido", diz Robert Mueller sobre interferência russa nas eleições

O ex-procurador desmentiu a afirmação de Trump de que não houve obstrução nas investigações

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Robert Mueller depõe ao Congresso na quarta-feira, 24.

O ex-procurador especial Robert Mueller depôs no Congresso, na quarta-feira, 24, sobre a investigação da interferência da Rússia nas eleições presidenciais de 2016.

Apesar de não terem levado a um inquérito contra Trump, as investigações não inocentaram o presidente, inclusive do crime de obstrução de Justiça, destacou Mueller, durante os depoimentos. "Bem, a conclusão indica... que o presidente não foi absolvido dos atos que supostamente cometeu", declarou.

A declaração do ex-procurador desmente a afirmação de Trump, feita em março, de que o relatório de Mueller indicava que não houve conluio ou obstrução e que o documento o exonerava completamente.

A investigação, segundo o ex-procurador, não chegou a conclusões quanto ao presidente ter ou não obstruído a Justiça. O relatório diz que Donald Trump ordenou interferência na investigação, mas não foi obedecido.

"Com base na política do Departamento de Justiça e nos princípios de justiça, decidimos que não iríamos determinar se o presidente cometeu um crime. Essa foi a nossa decisão na época e continua sendo nossa decisão hoje", declarou Mueller.

"Não há base que confirme que a Rússia tentou interferir" no processo eleitoral dos Estados Unidos, disse na quarta-feira o vice-ministro das Relações Exteriores, Sergey Riabkov, segundo a AFP.