Diplomata dos EUA na Ucrânia admite pressão de Trump para investigar Biden

A Casa Branca teria segurado a ajuda à Ucrânia e Trump se recusado a receber o líder ucraniano

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O diplomata William Taylor depôs no Congresso.

O diplomata William Taylor, que atuou como embaixador dos Estados Unidos na Ucrânia, afirmou que o governo de Donald Trump condicionou a ajuda financeira de US$ 400 milhões à Ucrânia a uma investigação sobre o candidato a vice democrata Joe Biden, alegando suposta interferência de uma empresa ucraniana contratada pelo Partido Democrata na campanha eleitoral, em 2016.

A afirmação consta do depoimento incluído no inquérito sobre o impeachment do presidente Trump, que segue em curso no Congresso.

Troca de favores

Taylor disse que ficou surpreso ao saber que a Casa Branca estava segurando a ajuda à Ucrânia e ainda descreveu que Trump se recusou a receber a visita oficial do líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, até que o país abrisse a tal investigação.

Segundo o ex-embaixador, Trump disse repetidas vezes às autoridades diplomáticas que não se tratava de um "toma lá, dá cá" mas, efetivamente, estabeleceu uma troca de favores entre EUA e Ucrânia.

Taylor contou que, em uma conversa com Gordon Sondland, embaixador dos EUA na União Europeia, Trump "insistiu que o presidente Zelensky viesse a público e dissesse que estava abrindo investigações, e que o chefe de Estado ucraniano deveria fazê-lo por conta própria". Com informações da Associated Press.