Eleição 2020: Michael Bloomberg desiste e declara apoio a Joe Biden

Michael Bloomberg venceu as primárias somente no território da Samoa Americana.

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Joe Biden teve o melhor desempenho em 10 dos 14 estados na Super Tuesday.

O bilionário Michael Bloomberg desistiu de concorrer pela nomeação da candidatura presidencial do Partido Democrata na quarta-feira, 4. Ele gastou US$ 500 milhões em anúncios na campanha, mas os resultados da Super Tuesday não o favoreceram. Considerada decisiva para a definição do candidato democrata que disputará as eleições presidenciais, quem ganha mais votos na Super Tuesday consegue mais delegados para defender a sua candidatura na convenção democrata, que indicará o adversário de Trump. O ex-vice-presidente, Joe Biden, venceu em dez estados, enquanto Sanders aparecia como vencedor em outros três, conforme apuração da quarta-feira. Bloomberg anunciou apoio a Biden contra o senador Bernie Sanders. Além dos dois, ainda há a senadora Elizabeth Warren, que está em terceiro na corrida. Segundo a agência Reuters, Warren está reavaliando sua campanha. Um assessor da campanha disse que a senadora está em conversas com sua equipe para decidir quais caminhos seguir a partir de agora. Biden teve o melhor desempenho em 9 dos 14 estados que votaram na Superterça. Sanders aparecia como vencedor em outros três e lidera na Califórnia, estado que atribuirá o maior número de delegados.

Bloomberg é o principal acionista da empresa de informações financeiras que leva seu sobrenome, e já foi prefeito da cidade de Nova York. Ele mesmo financiou a sua campanha durante as primárias. No total, ele ficou na disputa durante três meses. O melhor resultado que ele teve não foi em um estado americano, mas em um território: ele venceu as primárias da Samoa Americana.

O ex-pré-candidato publicou um comunicado para anunciar que não concorre mais.

"Eu acredito em usar dados para tomar decisões. Depois dos resultados de ontem, a matemática do número de delegados ficou virtualmente impossível -e um caminho viável para a nomeação não existe mais. Mas eu me mantenho de olhos abertos sobre meu objetivo maior: uma vitória em novembro. Não para mim, mas para o nosso país. E, ainda que eu não seja o nomeado, eu não vou fugir da luta política mais importante da minha vida". A iniciativa de financiar a própria candidatura fez com que seus adversários do Partido Democrata o acusassem de tentar comprar a candidatura. Fonte: Reuters.