Mais de 350 imigrantes detidos no Krome foram expostos ao coronavírus

O ICE relatou que 220 detentos em todo o país testaram positivo para o COVID-19 mas apenas 400 de 32.000 imigrantes sob custódia da agência foram testados, segundo o ICE

Por

Oito funcionários do Krome testaram positivo.

No maior centro de detenção de imigrantes no sul da Flórida, o Krome, mais da metade da população carcerária foi exposta ao COVID-19, de acordo com autoridades do governo federal. Na terça-feira. 21, Liana J. Castano, diretora interina encarregada das instalações de Krome, confirmou que oito funcionários testaram positivo para o COVID-19 e que 350 detidos teriam sido expostos ao virus.

Os registros foram apresentados em um tribunal como parte de um processo federal em andamento, movido por advogados de imigração que buscam a liberação de cerca de 90% dos detidos em três centros de detenção do sul da Flórida - Krome, o Centro de Transição Broward em Pompano Beach e o centro de detenção do Condado de Glades em Moore Haven.

O número de detidos expostos por Castano é maior que o apresentado dia 8 de abril, quando a diretor havia informado a exposição de 238 pessoas . "Se contar as pessoas estão indo e vindo, saindo e depois entrando, o número de pessoas que foram realmente expostas é muito superior a 350", disse ao Miami Herald Ashish Jha, diretora do Instituto Global de Saúde de Harvard.

Cerca de 50 cidadãos guatemaltecos detidos no Krome foram transferidos de e para o aeroporto, ou centros de detenção, pelo menos 11 vezes entre os dias 15 e 21.

Na semana passada, o ministro da Saúde da Guatemala, Hugo Monroy, disse que 75% dos passageiros de um recente voo de deportação dos EUA haviam testado positivo para o coronavírus. Os voos de deportação dos EUA para o país foram suspensos até novo aviso, tornando-se a terceira suspensão de voos de deportação causada por coronavírus desde 17 de março, quando a Guatemala fechou suas fronteiras.

Também na terça-feira, 21, o ICE relatou que 220 detentos em todo o país testaram positivo para o COVID-19. No entanto, oficiais da ICE afirmaram ao Congresso, na semana passada, que apenas 400 de 32.000 imigrantes sob custódia da agência foram testados.