Euforia do resgate de mulheres mantidas em cativeiro por quase dez anos é seguida por investigações
Amanda Berry, hoje com 27 anos, Gina DeJesus, 23, e Michelle Knight, 32, foram libertadas após alerta de um vizinho, que escutou gritos de socorro. Elas e suas famílias tiveram a privacidade resguardada até o fechamento dessa edição, sob proteção do FBI, enquanto investigadores vasculhavam a casa em busca de provas contra os supostos sequestradores.
Três irmãos foram presos na noite do dia 6, logo depois da fuga das mulheres. Acredita-se que um dos suspeitos, o ex-motorista de ônibus escolar, Ariel Castro, vivesse sozinho na casa, que lhe pertencia. Os outros dois presos são Pedro Castro, de 54 anos, e Onil Castro, de 50, e os três seriam interrogados no dia 8.
Investigações O prefeito de Cleveland, Frank Johnson, confirmou, no dia 7, que autoridades de proteção da infância foram até a casa, em 2004, porque Castro teria deixado uma criança dentro do seu ônibus enquanto almoçava em uma lanchonete. O inquérito subsequente não apontou intenção criminal no incidente, segundo autoridades.
Johnson, por outro lado, negou relatos de vários vizinhos, que disseram ter chamado a polícia em algumas ocasiões por causa de atividades suspeitas no modesto sobrado de Castro.
Amanda tinha desaparecido em 2003, Gina sumiu em 2004 e Michelle, em 2002. Foi encontrada também uma menina de seis anos, que segundo a polícia é filha de Amanda, concebida e nascida em cativeiro. Ainda não há a confirmação de quem é o pai, mas desconfia-se que seria um dos três irmãos.
A polícia ainda não informou qual foi o papel de cada suspeito no caso, mas Amanda citou Ariel Castro no desesperado telefonema que fez ao 911 quando estava tentando escapar. Ela conseguiu fazer essa ligação depois que um vizinho, escutando gritos dela, arrombou a porta da casa.
Ariel Castro, demitido em novembro da escola onde trabalhava, sob a alegação de “mau julgamento”, foi detido quase imediatamente. Seus irmãos foram levados sob custódia pouco depois.
