Ex-agente do ICE é condenado a 7 anos de prisão por subornar indocumentados

Por Gazeta News

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[caption id="attachment_155885" align="alignleft" width="353"] Imagem: divulgação ICE.[/caption]

O Departament of Homeland Security descobriu em 2016 que um de seus agentes do Immigration and Customs Enforcement (ICE) estava extorquindo indocumentados. Arnaldo Echevarria foi condenado na última terça-feira, 24, a sete anos de prisão por extorsão de dinheiro e sexo.

De acordo com declarações feitas no tribunal e provas apresentadas no julgamento, entre 2012 e 2014, Echevarria concedeu documentos de autorização de emprego que podiam ser renovados anualmente para imigrantes indocumentados com ordem de deportação e, em troca, recebeu cerca de $ 75 mil dólares em cash, além de sexo.

O ex-agente, de Somerset (New Jersey) foi condenado em março por suborno, falsas declarações e por abrigar imigrante indocumentado, mas a sentença de 7 anos só saiu agora. Echevarria recebia subornos de imigrantes indocumentados em troca de documentos de autorização de emprego nesses anos, disseram os promotores e, em um dos casos, recebia sexo em troca do “favor”.

Ele também foi condenado por ocultar o status de imigração de sua namorada e empregá-la em seu salão de cabeleireiro em West Orange, NJ, enquanto mentia que ela tinha autorização para trabalhar. Ele pagava sua namorada e outros funcionários em dinheiro para evitar a papelada, segundo os promotores.

O seu advogado, Michael Koribanics, disse que Echevarria assumiu a total responsabilidade por suas ações no tribunal e estuda entrar com apelação da sentença.

Corrupção dentro da imigração

Embora o número de agentes corruptos represente menos de 1% dos 44.000 oficiais juramentados do CBP - a maior força policial nos EUA - "qualquer montante é ruim e uma pessoa sozinha pode causar muitos danos", disse John Roth, inspetor geral em o Departamento de Segurança Interna, em declaração ao New York Times.

Funcionários corrompidos já condenados davam informações confidenciais aos cartéis e faziam “vista grossa” sobre drogas e milhares de imigrantes indocumentados que atravessavam a fronteira em troca de milhões de dólares em subornos. Muitos operadores nos portos oficiais de entrada faziam o mesmo.