Ex-diretor da campanha de Trump se declara inocente de acusação de lavagem de dinheiro

Por Gazeta News

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Paul Manfort, ex-diretor de campanha do presidente Donald Trump, se declarou hoje inocente das acusações de lavagem de dinheiro e conspiração contra os Estados Unidos. Manafort é a primeira pessoa a ser indiciada, oficialmente, na operação especial do Departamento de Justiça dos EUA que investiga uma possível interferência do governo Russo nas eleições presidenciais norte-americanas, em 2016. Ele responde por 12 acusações, entre elas conspiração para lavagem de dinheiro. Também foi indiciado sob as mesmas acusações o bilionário Rick Gates, sócio de Manafort. O ex-diretor de campanha se apresentou à Corte Federal na manhã dessa segunda-feira, em Washington. O ex-consultor é acusado de usar empresas laranjas para receber dinheiro de fontes não declaradas, mantido em contas bancárias em paraísos fiscais. A acusação alega que essas empresas foram abertas nas ilhas de Cipre, St. Vincent e Grenadines & Seychelles. No total, mais de US $ 75 milhões passaram por essas contas no exterior entre 2010 e 2016. Manafort, pessoalmente, seria responsável pela lavagem de mais de US $ 18 milhões, de acordo com a acusação. Manafort, de 68 anos, foi demitido do seu cargo na campanha de Trump em Agosto, após revelações que ele teria orquestrado um lobby em nome dos interesses pró-russos, na Ucrânia. Segundo a Associated Press, Manafort também teria representado um bilionário russo por 10 anos, com o objetivo de promover os interesses do presidente da Rússia, Vladimir Putin. Em comunicado na tarde de hoje a porta-voz da Casa Branca afirmou que o governo de Donald Trump não tem qualquer ligação com as atividades de Manafort. Ex-consultor Papadopoulos diz que mentiu ao FBI Em um outro processo, o ex-consultor de campanha de Trump, George Papadopoulos, se declarou culpado por ter mentido ao FBI – Federal Bureau of Investigation sobre sua ligação com oficiais do Kremlin. Papadopoulos teria declarado ao FBI que teve contato com um professor russo bem antes de entrar para o grupo que cuidava da campanha de Trump. Mas a Procuradoria Geral da República afirma que Papadopoulos encontrou com o tal professor durante a campanha, em março de 2016. O professor teria declarado ter “informações comprometedoras” sobre a candidata Hillary Clinton, incluindo milhares de emails. Toda a investigação está sendo conduzida por Robert Mueller, nomeado por Trump como conselheiro especial da operação do Departamento de Justiça. *Com informações do The New York Times.