A ex-diretora da Imigração, Lorraine Henderson, que foi condenada em 2010 por empregar a diarista indocumentada Fabiana Bitencourt, passará por um novo julgamento, segundo informações do "Comunidade News".
O anúncio foi feito por um juiz federal que alegou não ter outra opção “na ausência de uma oposição mais convincente da promotoria”.
Ao tomar a decisão, o juiz Douglas P. Woodlock negou a moção da defesa que pedia a liberação da acusada, que era chefe dos portos de entrada de imigração na Nova Inglaterra.
Woodlock criticou os promotores do caso por terem sido extremamente agressivos. Em seu memorando de 50 páginas, ele diz que “neste caso criminal, a hipocrisia desatenta, infeliz e negligente de Henderson, confronta com a austeridade, solene e implacável do governo federal sobre uma questão de emprego de uma doméstica: a contratação periódica de uma senhora da limpeza”.
Henderson, 54, da cidade de Salem, MA, ainda pode ser condenada a cinco anos de prisão por encorajar a sua diarista, Fabiana Bitencourt, de permanecer no país indocumentada. Ela teria dito para ela “não deixe o país porque se você deixar, nunca mais poderá voltar”. A declaração foi dada quando a brasileira pediu a ela ajuda para obter um passaporte.
Bitencourt usou um microfone escondido em 2008 para ajudar os agentes federais a obterem provas contra Henderson.
Há dois anos, ela foi considerada culpada por um júri de encorajar uma imigrante indocumentada a ficar no país. Entretanto, o juiz Woodlock nunca chegou a anunciar a sentença. O advogado de Henderson questionou os promotores por não haver evidências suficientes para que o júri a condenasse.
