Ex-pastor é condenado a quase 29 anos, em caso de abuso sexual

Por Gazeta News

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Rejeitando apelos por clemência, um juiz de Broward condenou um ex-pastor de jovens a quase 29 anos de prisão por molestar um membro de 14 anos de idade em uma popular igreja de Coral Springs. As informações são do “Sun Sentinel”.

Russell Lewis, de 30, não contestou pela acusação de abuso sexual obscena e lasciva em uma vítima com menos de 15 anos. Ele enfrentaria uma pena máxima de 105 anos de prisão, mas a promotora, Adriana Alcalde-Padron, disse que seria excessivo. Ela pediu uma sentença de 30 anos.

Durante uma audiência de quatro horas no dia 28, Lewis tentou convencer a juíza do Broward Circuit, Sandra Perlman, que ele merecia uma pena de prisão mais curta, seguida de uma longa condicional.

“Gostaria de pedir uma segunda chance para a sociedade”, disse ele. “Eu não acho que eu sou uma pessoa ruim. Eu cometi um erro enorme”.

Lewis era um pastor de jovens da Church by the Glades, que tem uma congregação de entre 6.000 e 7.000 membros. Alcalde-Padron disse que Lewis conheceu a vítima quando ela tinha 12 anos e cuidadosamente a manipulou, finalmente se aproveitando sexualmente dela. Quando ela tinha 14 anos, Lewis molestou e teve relações sexuais com a menina durante encontros entre maio e novembro de 2009, de acordo com as acusações.

A menina estava presente no tribunal, mas não testemunhou. Uma declaração que ela escreveu foi lida em voz alta por um amigo da família. No comunicado, a garota descreveu Lewis como uma figura opressora e ciumenta que roubou dela experiências valiosas na vida. Ao invés de olhar para trás e lembrar com doçura do primeiro beijo e primeiro namorado, ela luta para esquecer as lembranças.

“Eu disse para parar, e ele não parou. Eu sei que ele me ouviu”, escreveu a menina. “Eu não me sinto segura na igreja, um lugar onde a segurança e conforto devem andar de mãos dadas”. A menina continua frequentando a Igreja.

O pastor David Hughes, líder da congregação, disse que a igreja não teve nenhum contato direto com Lewis desde sua prisão em novembro de 2009, centrando a sua atenção em ajudar a vítima.

Perlman também ouviu do primo e da mãe de Lewis, que o assédio estava fora da personalidade dele e não deveria se repetir. “Eu não acho que trancafiá-lo vai ajudar a situação”, disse sua mãe, Jacqueline Lewis, que vive no Novo México. “Eu só gostaria que eles deixassem eu levar meu filho para casa”.

Lewis se desculpou diretamente à vítima, sua família, e duas dezenas de membros da Igreja. Ele também pediu desculpas à sua mãe.