Ex-Polegar é preso por tentativa de seqüestro em SP

Por Gazeta Admininstrator

O ex-vocalista do grupo Polegar Rafael Ilha foi detido na noite de terça-feira (1º), com mais duas pessoas, acusados de tentar seqüestrar uma suposta usuária de drogas, na rua Maestro Cardim, região da avenida Paulista (área central de São Paulo). A mulher, identificada como Karina, 28, teria sido abordada pelo ex-músico nas proximidades do Shopping Paulista, por volta das 19h.
Segundo Ricardo Manuel Guimarães de Oliveira, 43, que testemunhou a cena, a mulher gritava muito. "Estava dirigindo meu carro e ouvi os gritos dela. Ela se debatia para não entrar no carro [de Ilha, uma picape Toyota Hilux com vidros escuros]". Oliveira e outras pessoas que ajudaram a jovem chamaram a polícia.
A testemunha relatou que um homem e uma mulher, que dizia ser enfermeira de uma clínica, empurravam Karina para dentro do carro. A polícia informou que no carro do ex-Polegar havia uma camiseta do Denarc (Departamento de Investigações sobre Narcóticos) com seu nome, injeções de substâncias dopantes e equipamentos de imobilização.
"Ele [Ilha] alegava que a mulher era drogada e que estava sendo levada para uma clínica. Ela não é drogada, não parece drogada. Por sorte, ela foi salva", disse Oliveira.
Prisão
O delegado Diogo Dias Zamut, plantonista do 5º DP (Aclimação), afirmou que o cantor foi preso em flagrante e responderá pelos crimes de tentativa de seqüestro, formação de quadrilha e usurpação de função pública. A pena pode variar de multas a prisão de até oito anos.
Zamut disse que um homem de Macapá (AP), que seria ex-marido de Karina --usuário de drogas e que fazia tratamento na Clínica Ressurreição, do ex-Polegar--, ligou para Ilha relatando que a mulher tinha problemas com drogas e deveria ser internada.
"Ele tentou levá-la à força e provocou hematomas na moça. Arrancaram um pedaço da roupa dela", afirmou.
Segundo os envolvidos no caso, Rafael Ilha relatou que "é costume fazer esse tipo de resgate". "Ele alega que isso é normal, que só foi tentar conversar com ela e que se ela quisesse iria pra clínica", informou o delegado.
Karina se dispôs a fazer exame toxicológico e foi levada para o IML (Instituto Médico Legal) para tentar comprovar que não é usuária de drogas.
Fonte: Folha Online.com