Ex-presidente da Telexfree é condenado a seis anos de prisão

Por Gazeta News

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[caption id="attachment_140385" align="alignleft" width="300"] James Merril foi condenado a seis anos de prisão esta semana. Foto: arquivo Gazeta[/caption]

James Merril, ex-chefe de um esquema global de pirâmide disfarçado de empresa de telecomunicações na Internet, a Telexfree, foi sentenciado em um tribunal federal de Massachusetts na última quarta-feira, 22, a seis anos de prisão e também terá de devolver 140 milhões de dólares em bens e dinheiro conseguidos através dos golpes aplicados nos investidores.

A sentença é resultado de uma investigação realizada pelo ICE, FBI, Polícia Federal Brasileira, Securities & Exchange Commission e a Commonwealth of Massachusetts. James Merrill, de 55 anos, de Ashland, Massachusetts, foi sentenciado por Timothy S. Hillman, juiz do Tribunal Distrital dos Estados Unidos, a seis anos de prisão e três anos de liberdade supervisionada.

Em outubro de 2016, Merrill se declarou culpado de uma acusação de conspiração e oito acusações de fraude telefônica. Ele também concordou em devolver cerca de 140 milhões de dólares e outros ativos. "Apesar de saber que Telexfree era um esquema de pirâmide, Merrill lucrou durante anos à custa dos trabalhadores que investiram na empresa fraudulenta", disse o advogado interino, William D. Weinreb.

"Para as centenas de milhares de investidores, aqui e em todo o mundo, que foram levados pelas mentiras promovidas pelos senhores Merrill e Telexfree, a sentença de hoje oferece uma medida de justiça. A ganância de Merrill prejudicou o sustento de milhares de pessoas que estavam simplesmente lutando para sobreviver", continuou

"Embora os danos e prejuízos causados ??por James Merrill, que roubou mais de 3 bilhões de dólares de investidores inocentes, nunca possam ser reparados, suas vítimas em mais de 240 países ao redor do mundo podem ter alguma satisfação", disse Matthew Etre, agente especial de investigações da segurança do Homeland em Boston.

O norte-americano chegou a ficar preso por pouco mais de um mês, em 2014, mas foi liberado e passou para o regime de prisão domiciliar. A Telexfree foi formalmente acusada nos EUA de atuar sob um esquema de pirâmide financeira, com foco em imigrantes brasileiros e dominicanos, e teve seus bens bloqueados.