Ex-vice-presidente da Fifa, Jack Warner é banido do futebol

Por Gazeta News

O comitê de ética da Fifa decidiu banir por má conduta o ex-vice-presidente da entidade, Jack Warner, 72 anos, de todas as atividades relacionadas ao futebol, pelo resto de sua vida. A decisão foi anunciada no dia 29.

“Ele cometeu muitos e diversos atos de má conduta, contínua e repetidamente, enquanto exercia cargos em diferentes escalões e posições influentes na Fifa e na Concacaf (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe)”, diz a declaração do comitê.

Warner é o segundo membro de alto escalão da Fifa a ser banido, após o americano Chuck Blazer, um ex-executivo da entidade que agora colabora com as investigações das autoridades americanas. Ambos eram membros do comitê executivo do órgão.

Warner fica impedido de participar de quaisquer atividades relacionadas ao futebol, sejam internacionais ou em seu país, Trinidad e Tobago. As autoridades americanas, que acusam 14 membros da Fifa e executivos de marketing esportivo de solicitar e receber mais de $150 milhões de dólares em subornos e extorsões em um período de duas décadas, pediram em julho a extradição de Warner. Ele é alvo de 12 acusações de fraude, extorsão e lavagem de dinheiro.

O comitê de ética informou que Warner estaria sendo investigado em um inquérito sobre o processo de escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022, vencidos, respectivamente, pela Rússia e pelo Catar. Ele também é acusado de comprar do presidente da Fifa, Joseph Blatter, os direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2010 e 2014 por valores demasiadamente baixos, o que lhe gerou lucros significativos ao revendê-los posteriormente.

Blatter também é alvo de investigações de promotores suíços por suspeitas de irregularidades administrativas.

Extradição A Justiça Federal da Suíça aprovou, no dia 29, a extradição para os Estados Unidos de Eduardo Li, ex-presidente da Federação de Futebol da Costa Rica.

Ele também é um dos presos em Zurique junto a outros seis autoridades da Fifa, incluindo o ex-presidente da CBF José Maria Marin.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos emitiu um mandado de prisão em maio contra Li, acusando-o de receber subornos em ligação com a venda de direitos de marketing para os jogos eliminatórios da Copa do Mundo de 2018.