Exames podem detectar autismo em crianças antes dos sintomas

Por Gazeta News

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[caption id="attachment_162022" align="alignleft" width="300"] Dignóstico precoce ajuda no tratamento, Imagem: pixabay[/caption] Exames cerebrais de ressonância magnética podem detectar autismo antes que qualquer sintoma comece a surgir. A afirmação é de pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte que recentemente descobriram o feito. O estudo publicado na revistaNature revelou diferenças iniciais no córtex cerebral, a parte do cérebro responsável por funções de alto nível - como linguagem por exemplo - em crianças que depois viriam a ser diagnosticadas com autismo. As descobertas do estudo podem levar a um diagnóstico precoce e até mesmo a terapias imediatas. O estudo, entretanto, mostra que as origens do autismo surgem no primeiro de ano de vida. Atualmente, as crianças podem ser diagnosticadas a partir dos dois anos de idade, mas, em geral, isso costuma ocorrer mais tarde. "Os exames indicam que essas diferenças do cérebro podem ocorrer em crianças com alto risco de autismo", afirma Hazlett. O estudo abre possibilidades para avanços na forma que a doença é tratado e diagnosticada. Escaneamentos do cérebro de bebês, particularmente em famílias de alto risco, podem levar a um diagnóstico precoce. Acredita-se que, a longo prazo, possam surgir exames de DNA, aplicáveis a todas as crianças, capazes de identificar aquelas em que o risco de ter autismo é alto. "Muito cedo, no primeiro ano de vida, vemos diferenças de área de superfície do cérebro que precedem os sintomas que as pessoas associam tradicionalmente com autismo", disse o médico Heather Hazlett, um dos pesquisadores da Universidade da Carolina Norte. Com a doença diagnosticada cedo, é possível implantar antes terapias comportamentais - como treinar pais a interagir com o filho autista - em busca de resultados mais eficientes. De acordo com o levantamento, uma em cada 100 pessoas tem autismo, condição que afeta o comportamento e interação social. A pesquisa analisou 148 crianças, incluindo aquelas com alto risco de autismo porque tinham irmãos mais velhos com o distúrbio. Todos foram submetidos a exames de ressonância magnética aos seis, 12 e 24 meses de vida. Com informações da BBC News.