Exército mexicano resgata 165 imigrantes indocumentados perto da fronteira

Por Gazeta News

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Pelo menos 165 indocumentados foram resgatados pelo Exército do México, no dia 4, a maioria da América Central, que foram sequestrados por um grupo criminoso enquanto tentavam chegar aos Estados Unidos. A informações foram divulgadas pelo governo local no dia 6, de acordo com a “Reuters”.

Entre os libertados, no violento Estado de Tamaulipas, estão 77 salvadorenhos, 50 guatemaltecos, 23 hondurenhos, 14 mexicanos e um indiano, incluindo 20 crianças e duas mulheres grávidas, disse a jornalistas o porta-voz do gabinete de segurança, Eduardo Sánchez.

Os indocumentados foram mantidos reféns durante um período de duas a três semanas em condições insalubres, em uma casa no município de Gustavo Diaz Ordaz, a menos de um quilômetro da fronteira com os Estados Unidos.

"As vítimas afirmaram que tinham a intenção de entrar nos Estados Unidos, mas foram detidas contra a sua vontade, enquanto o suposto grupo criminoso entraria em contato com suas famílias através de chamadas telefônicas para exigir diversas quantidades de dinheiro", disse Sanchez.

Grupos criminosos, como o sanguinolento Zetas, frequentemente sequestram indocumentados com destino aos Estados Unidos para forçá-los a cometer crimes, como tráfico de drogas, ou pedir dinheiro para parentes na América Central, em troca de sua liberdade, sob a ameaça de assassinato.

Em agosto de 2010, 72 imigrantes ilegais da América Central e do Sul foram mortos pelo grupo Zetas em um rancho na cidade de San Fernando, no Estado de Tamaulipas. Em 2011, cerca de 200 corpos de imigrantes, muitos deles mexicanos, foram encontrados em valas comuns na mesma área.

Segundo a Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH), mais de 11 mil indocumentados foram sequestrados no México, de abril a setembro de 2010.

Durante o governo do ex-presidente Felipe Calderón (2006-2012) e nos primeiros meses do governo do presidente Enrique Peña, cerca de 75 mil pessoas foram mortas em atos supostamente ligados ao crime organizado e outras 26 mil estão desaparecidas, segundo dados oficiais.