Explosões matam ao menos 60 no centro de Bagdá

Por Gazeta Admininstrator

Duas explosões ocorridas em uma praça no centro de Bagdá onde centenas de trabalhadores iraquianos buscavam emprego mataram 60 nesta terça-feira.

De acordo com o Ministério do Interior iraquiano, ao menos outras 221 pessoas ficaram feridas.

O ataque, cuidadosamente coordenado para causar danos na praça Tayaran, ocorreu às 7h (2h de Brasília). Os explosivos foram detonados a partir de um carro estacionado e vazio e de um microônibus que um terrorista suicida usou para atrair os trabalhadores.

Depois de reunir os civis, o suicida explodiu a bomba, segundo informações da polícia.

Os ataques foram quase simultâneos e as bombas estavam a uma distância de 30 metros uma da outra. Além das mortes, houve danos a prédios e lojas ao redor da praça.

Outros dez carros estacionados na área das explosões foram incendiados pelas bombas.

Em Bagdá, onde as taxas de desemprego são alarmantes, multidões de iraquianos se reúnem diariamente na praça Tayaran pela manhã para esperar microônibus ou carros particulares que chegam com pessoas buscando trabalhadores para o dia.

A maioria busca operários para executar serviços de construção, limpeza ou pintura.

A praça Tayaran fica próxima a vários prédios de ministérios governamentais e a uma ponte de leva à fortificada zona verde, onde o Parlamento do Iraque e as Embaixadas dos Estados Unidos e do Reino Unido estão localizadas.

Qualificando o ataque de um "horrível massacre", o premiê iraquiano, o xiita Nouri al Maliki, acusou simpatizantes do ex-ditador Saddam Hussein e membros da Al Qaeda pelo ataque.

"Esses grupos terroristas tentam disseminar o caos e estimular a violência sectária", disse Al Maliki em um comunicado.