Fábio Costa e Roger disputam camisa 1

Por Gazeta Admininstrator

Depois de dois anos vestindo a camisa do Corinthians, Fábio Costa está de volta à Vila Belmiro e vai se reencontrar com um antigo companheiro de clube: Roger, que também foi apresentado nesta terça-feira.

Os dois jogaram pelo Vitória em 1997, quando disputaram a condição de titular. Essa disputa vai se repetir no Santos e nenhum deles ainda se considera o goleiro principal, decisão que ficará por conta do técnico Vanderlei Luxemburgo.

Fábio Costa não se mostrou preocupado com o comportamento da torcida, que chegou a chamá-lo de mercenário por ter trocado o Santos pelo seu maior rival. "Estou voltando com o mesmo respeito que sempre tive e como o carinho que ela me tratou. Acima de tudo, espero conquistar títulos, pois eles são imprescindíveis para uma chegada num clube."

O goleiro revelou que se sentia "voltando para casa". "Passei quatro anos muito bons aqui, tive os melhores momentos de minha carreira no Santos e sempre guardei um carinho muito grande pelo carinho e pela instituição" disse o goleiro, que destacou também o relacionamento com o presidente Marcelo Teixeira e a aprovação de Vanderlei Luxemburgo como importantes para que se decidisse pelo retorno.

Durante a entrevista coletiva, o goleiro esclareceu que a proposta de prorrogação do Corinthians era exatamente igual a do Santos em termos financeiros, mas a duração do contrato acabou prevalecendo: os santistas ofereceram dois anos de compromisso, contra apenas um por parte dos corintianos.

O adversário - Roger assinou pré-contrato com o Santos no segundo semestre do ano passado, mas não foi liberado pelo São Paulo, como havia sido combinado verbalmente. Com isso, teve de aguardar o fim de seu contrato para se apresentar na Vila Belmiro. Nesta terça, ele explicou que havia assinado o pré-contrato com os santistas. "Fiz o que a lei me permitia, com a garantia assinada de que seria liberado no final do ano".

Só que esse compromisso demorou a ser cumprido, o que provocou problemas com o Santos, por causa da divergência de datas de liberação. "A coisa ficou enrolando e o “doutor” Juvenal (Juvêncio) me disse que era uma situação pessoal do presidente do São Paulo com o Santos".

Roger lembrou que, quando chegou ao Morumbi oito anos atrás, Rogério Ceni participava de todas as seleções, o que abriu espaço para que jogasse. "O Rogério é único no São Paulo, sonha até em encerrar sua carreira no clube e tenho certeza que fará isso."

Esses fatos incentivaram o goleiro a deixar o Morumbi e, quando foi contratado, seria o titular absoluto do Santos. Mas houve a oportunidade de o Santos contratar novamente Fábio Costa e agora ele terá de disputar a posição. "O Fábio tem uma história no clube que precisa ser respeitada e cada um vai brigar pela posição de titular", comentou, lembrando que o Santos conta também com Saulo, "que já é uma realidade no futebol."

Essa disputa não o preocupa. "Um time grande como o Santos precisa de dois goleiros à altura para não deixar cair durante as competições". Roger destacou ainda que, quando Fábio Costa foi contratado, os dirigentes santistas consultaram sobre seu interesse em manter o pré-contrato, o que acabou acontecendo.