Fabricantes são processados por dizeram que cigarros 'light' causam menos males à saúde

Por Gazeta Admininstrator

A Justiça norte-americana aceitou a solicitação para iniciar um processo contra as fabricantes de cigarro acusadas de enganar os fumantes, ao dizer que os cigarros “light” são menos danosos à saúde.

O juiz federal Jack Weinstein decidiu que o processo pode ser aberto como uma ação coletiva, envolvendo potencialmente milhões de beneficiados.

Os pesquisadores acreditam que, se tiver sucesso, esse processo pode custar aos fabricantes até US$ 200 bilhões.

Entre os acusados estão: a Philip Morris, a RJ Reynolds e a British American Tobacco.

Os cigarros com baixo teor de alcatrão foram lançados nos anos 1970.

Cresci

Os advogados que prepararam a ação dizem que as fabricantes de cigarro em questão venderam entre US$ 120 bilhões e US$ 200 bilhões a mais devido ao argumento de que os cigarros light causam menos danosos do que suas versões com força plena.

“Eles (as companhias) sabiam que estavam vendendo a morte”, diz o advogado responsável pela ação, Michael Hausfeld.

A questão, acrescenta ele, era “como esconder isso – colocando o rótulo de light”.

“O objetivo da indústria não era desenvolver cigarros menos danosos, mas desenvolver cigarros que fossem vistos como menos danosos”, diz o texto da ação, proposta em 2004.

De acordo com a agência de notícias Associated Press, os advogados de defesa das companhias rebatem dizendo que a ação estava baseada em informações com conteúdo falho.

Eles contestaram ainda o fato de o processo ser considerado uma ação coletiva, alegando que sem analisar cada fumante individualmente seria impossível determinar suas motivações para comprar os cigarros light.

A ligação entre o fumo e o câncer de pulmão foi confirmada pela primeira vez em 1954.