Facebook apaga páginas falsas por suposta influência em eleição dos EUA

Por Gazeta News

[caption id="attachment_163270" align="alignleft" width="320"] Mark Zuckerberg, CEO do Facebook. Imagem: Reuters-Stephen-Lam.[/caption] A disseminação das "fake news" continua sendo investigada e nesta terça-feira, 31, o Facebook informou que excluiu 32 páginas e contas falsas envolvidas no que parecia ser uma tentativa "coordenada" de influenciar a opinião pública sobre questões políticas antes das eleições de 2016 nos Estados Unidos. A empresa não conseguiu identificar a fonte, mas disse queestá trabalhando junto com o FBI para investigar essas atividades. Segundo o Facebook, as contas de pessoas "mal-intencionadas" na maior rede social do mundo e em seu site de compartilhamento de fotos Instagram não poderiam estar comprovadamente ligadas à Rússia, que usou a plataforma para disseminar desinformações antes da eleição presidencial de 2016. No entanto, oficiais do governo americano foram informados pela empresa de que é possível que a Rússia esteja envolvida com o novo caso. "Ainda estamos nos estágios iniciais de nossa investigação e não temos todos os fatos - incluindo quem pode estar por trás disso. Mas nós estamos compartilhando o que sabemos hoje, dada a conexão entre essas pessoas mal-intencionadas e protestos que estão planejados para a semana que vem em Washington", disse o Facebook. Facebook perde quase US$ 50 bilhões em 2 dias com escândalo de dados No total, foram sete contas de Instagram, e oito páginas e 17 perfis de Facebook. Todas elas foram criadas entre março de 2017 e maio de 2018, e descobertas há duas semanas. Mais de 290 mil contas seguiam ao menos uma das páginas suspeitas. Entre abril de 2017 e junho de 2018, os excluídos promoveram mais de 150 propagandas nas redes, pagando cerca de US$ 11 mil, pagos em dólares americanos e canadenses. As páginas também criaram por volta de 30 eventos nesse período, o maior deles atraiu interesse de 4,7 mil contas. O diretor de cibersegurança do Facebook, Nathaniel Gleicher, afirma que os suspeitos se disfarçaram melhor, usando VPNs (tecnologia que esconde o local de origem do usuário), outros serviços e outras pessoas para comprarem as propagandas para eles. Com informações doNew York Times. No Brasil Como a empresa está engajada em verificar contas falsas no mundo todo, na semana passada, no dia 25, oFacebook excluiu diversas páginas brasileiras que, segundo a empresa, faziam parte de uma "rede de desinformação", mas não especificou quais os perfis envolvidos. No mesmo dia, integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL) reclamaram que tiveram páginas excluídas e contas afetadas. Em comunicado, o Facebook disse que desativou 196 páginas e 87 contas no Brasil por sua participação em "uma rede coordenada que se ocultava com o uso de contas falsas no Facebook, e escondia das pessoas a natureza e a origem de seu conteúdo com o propósito de gerar divisão e espalhar desinformação”. Leia também ICE usa dados do Facebook para rastrear indocumentado O que o Facebook sabe sobre você?