Falta de pagamento da União impede homecare de Matheus em Miami

Por Arlaine Castro

matheus e o medico Dr. Rodrigo Vianna
[caption id="attachment_137975" align="alignleft" width="235"] O menino Matheus e o médico brasileiro que realizou seu transplante, Dr. Rodrigo Vianna. Foto: campanha Juntos pelo Matheus.[/caption]

O menino brasileiro Matheus, 7 anos, segue internado no Jackson Memorial Hospital, em Miami, mesmo tendo sido liberado pelos médicos há mais de um mês para continuar o tratamento em casa.

Após cinco meses da cirurgia de transplante de intestino, realizada no dia 10 de setembro de 2016, Matheus está bem e poderia continuar o tratamento em casa, porém, como o governo brasileiro ainda não enviou o suporte financeiro necessário para o ‘homecare’, a criança e a mãe ainda não puderam deixar o hospital.

“O hospital está esperando o pagamento para dar a alta ao Matheus. Estamos aguardando que o governo realize o pagamento do homecare para irmos pra casa em Miami”, disse a mãe, Gecilene Oliveira.

Ao GAZETA, Gecilene desabafou a angústia de permanecer com o filho no hospital. “Ele fica no hospital exposto a infecções. Tem mais de um mês que ele está liberado, mas não podemos ir para casa. Ele está triste com isso”, relata.

Segundo a brasileira, não há previsão para o pagamento por parte do governo, uma vez que já foi enviada toda a documentação necessária e feita nova solicitação. “Tudo que me pediram eu fiz. Enviar a prestação de contas e relatório médico com indicação médica do homecare já enviei. Já havia ficado estabelecido antes de virmos para cá que precisaria do homecare, não sei o porquê de tanta demora”, desabafa.

A vontade de Matheus ir para casa é tanta que “ele está com a boca toda ferida de tão nervoso e ansiedade”, diz a mãe. “Ele chora, pede pra ir para casa, parece mentira”.

Matheus, que completará 8 anos no dia 27 de março, segue se recuperando tão bem que consegue se alimentar normalmente pela boca e recebe a nutrição parenteral (alimentação por soluções venosas) para complementar a alimentação. O menino só poderá retornar ao Brasil após um ano de transplante. “Matheusinho quer muito ir para casa, e, por enquanto, a casa será aqui mesmo, em Miami. Porém, não sabemos quando poderemos continuar o tratamento em um local mais aconchegante”, declara.

A campanha online para ajudar a família continua pelo linkjuntospelomatheus