Família aciona Itamaraty para procurar gaúcha desaparecida nos EUA

Por Gazeta News

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A família da brasileira Isabel Cristina dos Santos Fagundes, que vive nos Estados Unidos desde 1998, acionou o Itamaraty no começo de julho para pedir ajuda para encontrá-la. A gaúcha teria feito o último contato por telefone com a família em abril do ano passado e, recentemente, no dia 17 de julho, depois de tentar saber notícias dela por diferentes meios, teria recebido um e-mail coletivo supostamente da irmã e em inglês, perguntando como todos estavam.

A irmã de Isabel, Tatiane dos Santos Fagundes, de 35 anos, disse que achou muito estranho, pois o e-mail incluía vários destinatários, incluindo o ex-marido, com quem disputava para ver o filho.

“O e-mail só tinha uma frase perguntando como eu estava. Indicava ter sido enviado de um iPhone. Minha irmã jamais se comunicou com a gente em inglês, e jamais enviou um mesmo e-mail para tantas pessoas. Acho que não foi ela a autora da mensagem. Isso só me deixou mais nervosa”, disse Tatiane ao jornal “Zero Hora”.

Isabel, que vivia em Porto Alegre, foi casada com um americano, que conheceu no Brasil, entre 1993 e 2007. Com ele, teve um filho, hoje com 15 anos. Em 1998, a brasileira foi morar com o marido em Austin, no Texas, e logo depois descobriu que estava grávida.

Os contatos com a família passaram a ser mensais, por telefone. A mãe, Maria Eva dos Santos, de 60 anos, ficava tranquila recebendo as cartas com fotos da filha grávida e, depois, com o filho nos braços. “Minha filha sempre dizia que eu deveria me preocupar com os meus outros dois filhos, que ela estava bem ao lado do marido”, recordou a mãe em entrevista ao jornal local.

Dificuldades

De acordo com Tatiane, Isabel começou a ter problemas no casamento, motivo pelo qual as irmãs conversavam por horas no telefone. Em 2007, o casal se separou e, ainda segundo a irmã, Isabel teria assinado um documento contra a própria vontade, passando a guarda do filho para o pai.

Depois disso, ela começou a enfrentar dificuldades financeiras, perdeu o emprego e já não informava mais onde estava morando. “Acho que só não voltou para o Brasil porque não queria ficar longe do filho”, disse Tatiane. As discussões com o ex-marido eram frequentes, porque ela queria ver mais vezes o filho.

No último contato com a família, Isabel disse à irmã que estava procurando emprego, tinha ingressado na faculdade de Direito e vivia em um dormitório cedido pelo governo americano.

Depois desse contato, o desespero da família só aumentou. Tatiane disse que entrou em contato com o ex-cunhado e ele teria dito que ela estava bem e repassaria o recado da família.

Ainda no início de julho, Tatiane foi informada que o caso havia sido repassado ao consulado do Brasil em Houston, que contataria a polícia americana para realizar as buscas, caso necessário.