Família pressiona autoridades da FL para extradição de brasileira

Por Gazeta News

U.S. Representative Alcee Hastings, D-Delray Beach foto The Palm Beach Post
[caption id="attachment_142215" align="alignleft" width="181"] Acusada pelo acidente fatal na I-95 em Boca Raton, Daniela teria fugido para o Brasil em 2012. Foto: arquivo.[/caption]

A família de Deborah Peterson, de 44 anos, e James Andrew Carr, de 42, busca há nove anos pela extradição da brasileira Daniela Torres, acusada de ser a responsável pelo acidente que matou os dois em 2008, em Boca Raton.

Todos esses anos, Martha Wright, de 72 anos, tenta persuadir o procurador-geral do condado de Palm Beach, Dave Aronberg, a buscar uma forma de trazer à Justiça a brasileira que teria fugido para o país de origem.

Acusada pelo acidente que matou Deborah Peterson, de 44 anos, e James Carr, de 42 anos, na I-95 em Boca Raton, Torres, hoje com 28 anos, teria fugido para o Brasil em agosto de 2012, quando foi solta sob fiança e enquanto esperava o julgamento por DUI no condado de Palm Beach, de acordo com uma reclamação criminal em uma corte federal em West Palm Beach.

Uma terceira pessoa, Calvin Baggs, sobreviveu. Um teste toxicológico mostra que Torres tinha 0.155 de álcool no sangue no momento do acidente.

Na última sexta-feira, 14, Wright declarou indignada: “Nove anos! Nove anos! Muita coisa pode acontecer nesse período. Tudo que ela precisou foi pegar um avião para o Brasil”.

Na semana passada, o deputado federal Alcee Hastings enviou uma carta ao secretário de Estado, Rex Tillerson, pedindo ao chanceler que pressione as autoridades brasileiras para a extradição de Daniela para que ela seja julgada na corte de Palm Beach pelas duas acusações de DUI com mortes.

Esse erro judiciário é perpetuado pelo Brasil enquanto continua com sua postura diplomática equivocada e falida de não extraditar seus cidadãos para os Estados Unidos", escreveu Hastings.

O deputado não é o único oficial eleito a reivindicar ao departamento de estado uma maneira de extraditar Torres.Mike Edmondson, porta-voz da Aronberg, disse que o escritório de Aronberg escreveu autoridades federais pedindo ajuda.

"O problema é que o Brasil é um dos países mais difíceis de extraditar", disse Edmondson.

Embora o Brasil tenha tido um tratado de extradição com os Estados Unidos desde 1964, sua constituição impede a extradição de brasileiros natos.

Segundo Wright, mesmo tendo passado anos, ela não irá desistir. Já realizou vários comícios para ganhar apoio e enviou documentos com informações do caso aos senadores Bill Nelson e Marco Rubio, que representam a Flórida, e pede também ao governador Rick Scott para se envolver.

"Não foi um caso difícil, foi um caso de erro”, salientou ao insistir que o caso foi tratado de forma errônea desde o início, quando as autoridades não permaneceram com o passaporte da brasileira após o pagamento da fiança, o que possibilitou que a mesma saísse do país.

Presa um ano depois do acidente na I-95 na Palmetto Park Road, Torres ficou em contato com as autoridades até agosto de 2012, quando não apareceu para um teste de drogas obrigatório.Foi quando os promotores descobriram que ela havia deixado o país.

Com informações The Palm Beach Post.