Familiares de Dimitria acusam hospital de negligência

Por Gazeta News

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O corpo de Dimitria Rocha Carvalho, a jovem de 21 anos que morreu ao ser transferida de um hospital em Pompano Beach para São Paulo, chegou a Taubaté no dia 13 e foi velado no Cemitério Parque das Palmeiras, de acordo com o portal “G1”.

Parentes e amigos prestaram as últimas homenagens à jovem. A mãe da jovem fez um discurso emocionado por mais de 10 minutos antes do sepultamento, que ocorreu à 1pm do mesmo dia, de acordo com o “G1”, que esteve presente.

Sua família continua inconformada com a morte da jovem, que foi vítima de um acidente de trânsito em Pompano Beach, no mês de janeir, e ficou internada em um hospital de Pompano Beach por nove meses.

A jovem morreu em Manaus, no dia 9, em uma das paradas para que o avião que a transportava abastecesse.

Depois disso, a tragédia teve grande repercussão em jornais brasileiros, que retrataram o drama vivido por pessoas sem seguro saúde nos Estados Unidos, como foi o caso de Dimitria, que tinha um seguro limitado, segundo sua mãe, já no Brasil, informou jornais brasileiros.

Negligência Familiares de Dimitria acusam o hospital no qual ela estava internada, o North Broward Medical Center, de negligência. Segundo eles, o avião cedido pelo hospital deveria ser devidamente equipado para o caso da jovem, algo que não ocorreu.

Dimitria sofreu um acidente de moto, no qual teve a veia cava perfurada, lesão nos tendões dos dois braços, danos no fígado e no baço, além de uma fratura no fêmur. A jovem passou três meses na UTI e sofreu 11 intervenções cirúrgicas.

Ela apresentava evolução no quadro de saúde, mas durante a recuperação sofreu uma parada cardiorrespiratória no quarto, teve de ser reanimada e voltou para a UTI do hospital. Após a reabilitação, a família teria sido convencida a levá-la de volta ao Brasil em um avião adaptado com UTI e que viria diretamente para São Paulo.

Porém, segundo a família, um jatinho improvisado foi usado para fazer o transporte e teria que fazer três paradas para abastecimento. Em uma escala em Manaus, no dia 9, Dimitria não resistiu e morreu.

Seguro Segundo a mãe de Dimitria, Rosângela Rocha, na época do acidente, em janeiro deste ano, sua filha estava em um processo de renovação do seguro, já com o visto de estudante. O processo não chegou a ser concluído e a jovem estava amparada apenas por um seguro do governo norte-americano, conforme disse a mãe ao portal.

“O problema é que para receber o valor da dívida, o hospital teria que concluir ou transferir a Dimitria da unidade. É assim que funciona esse plano e por isso a pressa deles em mandá-la de volta ao país. Eles não estavam recebendo”, afirmou Rosângela ao portal. A mãe da jovem negou ter assinado qualquer tipo de autorização para o translado.

“Não autorizei, mas sabia que fariam mesmo assim. Procurei o Consulado mais de dez vezes, mandei carta ao Itamaraty, mas ninguém me ajudou, sequer retornaram. Prometeram (o hospital) avião com UTI e equipe médica, o que não ocorreu. Tenho certeza que ela ainda estaria viva, não fosse essa negligência”, disse ao “G1”.   Consulado O Ministério das Relações Exteriores informou que uma funcionária do Consulado Brasileiro em Miami foi até o hospital onde Dimitria estava internada, no dia 12 de abril, e teria orientado a família quanto a dívida da internação. Segundo o Itamaraty, a família foi orientada a escrever uma carta para administração do hospital relatando a dificuldade em arcar com o tratamento e procurar a assessoria jurídica do Consulado.