Fatah e Hamas proíbem uso de armas no dia da eleição palestina

Por Gazeta Admininstrator

O partido governista palestino Fatah e o grupo extremista Hamas chegaram hoje a um acordo para a proibição do uso de armas nas eleições legislativas palestinas do próximo dia 25.

Saed Seyam, dirigente e candidato do Hamas no pleito, e o líder e candidato do Fatah Samir Mashrawi deram entrevista coletiva em Gaza explicando os termos do acordo, que prevê a realização das eleições com tranqüilidade, "em uma celebração da democracia palestina".

Mashrawi disse que o acordo é dividido em oito partes principais e defende que, no dia do pleito, "armas não sejam exibidas".

"Qualquer tentativa de alterar ou interromper as eleições será considerada um ato suscetível de resposta por meio de ação conjunta para proteger a eleição", afirmou o dirigente e candidato do Fatah.

Quando perguntado se a direção do Fatah será capaz de controlar os diferentes grupos que compõem seu braço armado, as "Brigadas dos Mártires de al Aqsa", Mashrawi foi contundente.

"Qualquer membro do Fatah que vulnerar os termos do acordo será expulso do nosso movimento", declarou.

O Hamas rejeitou ontem a oferta feita pelo governo da ANP (Autoridade Nacional Palestina) de depositar as armas em locais apropriados por considerá-la "pouco prática".

No entanto, o candidato do grupo extremista disse hoje que havia decidido mudar de opinião. O objetivo seria "contribuir para que impere a calma em nosso povo, que teme a violência e incidentes".

Além disso, disse Seyam, o acordo "pretende enviar uma mensagem ao mundo no sentido de que é possível registrar êxito na realização desta manifestação nacional e democrática" que é o pleito.

Masharawi afirmou que os dois movimentos acordaram também que todos seus militantes serão mobilizados durante as eleições e que "colaborarão com a polícia na proteção dos colégios eleitorais".