FDA alerta para casos de câncer raro associados a implantes nos seios

Por Gazeta News

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[caption id="attachment_140253" align="alignleft" width="300"] Pesquisas fazem associação entre implante de silicone a tipo raro de câncer. Foto: AP[/caption]

Um alerta, esta semana, da Food and Drug Administration dos Estados Unidos (FDA) - órgão do governo dos Estados Unidos, criado em 1862, com a função de controlar os alimentos e medicamentos, através de diversos testes e pesquisas - levantou uma nova preocupação com os riscos de implantes mamários e a possibilidade de desenvolvimento de uma forma rara forma de câncer chamado linfoma de células grandes anaplásicas, ou ALCL.

A FDA notou pela primeira vez uma possível associação entre os implantes mamários e ALCL, um tipo raro de linfoma não-Hodgkin, em 2011. "As mulheres que consideram fazer implantes mamários devem estar cientes do risco de desenvolver ALCL e deve discuti-lo com um médico", disse Dr. Binita Ashar, médico e cientista do órgão, que estuda casos de câncer e que deu esta declaração ao site da própria FDA, em 2011.

Ashar disse, na época, que a maioria das mulheres foi diagnosticada com câncer anos após a cirurgia, quando eles notaram mudanças na aparência da área ao redor da prótese de silicone. Eles não tinham casos suficientes naquele momento para determinar uma certa conexão. Entretanto, depois de mais pesquisas, a FDA anunciou na última quarta-feira, 22, que, em casos raros, os pesquisadores do órgão acreditam que implantes mamários podem levar ao desenvolvimento de ALCL.

O risco de ALCL permanece raro mesmo em mulheres com implantes mamários. O órgão, até agora, encontrou 359 relatórios de mulheres que desenvolveram este tipo de câncer associado ao de mama, incluindo nove mortes. A maioria das mulheres que desenvolveram o câncer (208), tinha um tipo de implante de textura em vez de um implante liso. Além disso, 186 das mulheres que desenvolveram ALCL tinham implantes preenchidos com silicone contra 126 que tinham implantes preenchidos com solução salina.

Estima-se que 1,7 milhão de cirurgias de implante mamário foram concluídas nos EUA entre 2011 e 2016, de acordo com a Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos - o que demonstra, ainda, que o risco permanece pequeno de desenvolvimento deste tipo de câncer.

"Todas as informações até à data sugerem que as mulheres com implantes mamários têm um risco muito baixo, mas que aumenta, de desenvolver ALCL em comparação com as mulheres que não têm silicone nos seios", disseram médicos da FDA no site da entidade.

A maioria dos casos de ALCL associada ao implante mamário é tratada pela remoção do implante e da cápsula em torno do implante e alguns casos foram tratados por quimioterapia e radiação.

A FDA sublinhou que aqueles com implantes mamários não precisam mudar os cuidados de rotina e acompanhamento médico. No entanto, a FDA continua a recomendar mulheres com implantes de silicone fazer exames de rotina de ressonância magnética para detectar qualquer potencial ruptura - e consultar com um médico se eles notarem quaisquer alterações físicas em torno do local do implante.

A Dra. Jennifer Ashton, da Rede de Mulheres da ABC News, disse que as pessoas com implantes devem ser informadas dos riscos potenciais, mas ressaltou que a cirurgia de implante de mama é, geralmente, segura. "Um risco aumentado de um evento raro ainda é um evento raro", disse Ashton nesta quinta-feira, 23, no programa "Good Morning America".

Com informações da Rede ABC News.