FED fará tudo para combater recessão

Por Gazeta Admininstrator

O presidente do Banco Central americano, Ben Bernanke, afirmou, na quarta-feira (18), em discurso em Wa-shington, que fará tudo o que está a seu alcance para tirar o país da recessão.

Ele aproveitou a ocasião para defender as medidas que o Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA) tomou para debelar a pior crise financeira e de crédito no país desde 1930, apesar das críticas a algumas medidas pouco ortodoxas.

O Banco Central, lembrou ele, cortou as taxas de juros para patamares recordes de baixa e iniciou uma série de programas para aumentar o volume de crédito na economia, especialmente para consumidores e empresas americanas, também buscando a estabilização de Wall Street. As medidas tentam tirar os EUA da recessão em que se encontram desde dezembro de 2007.

Recessão
“Os mais recentes dados estatísticos foram ruins, com muitas economias, incluindo a nossa, caindo na recessão”, disse Bernanke. “Nos Estados Unidos, o Fed fez, e continuará fazer, tudo o que está ao alcance de sua autoridade para ajudar a restabelecer a estabilidade financeira e a prosperidade econômica o mais rápido possível.”

O Fed está lançando mão de novas ferramentas, além de expandir progra-mas existentes, para prover mais alívio econômico e financeiro, embora ele não tenha detalhado quais medidas são essas no discurso. Para combater a desconfiança dos americanos em relação às medidas, Bernanke afirmou que tentará manter o consumidor do país informado em relação a como o dinheiro dos impostos está sendo usado.

Inflação
Bernanke também disse que existe “pouco risco de uma inflação em níveis mais elevados que o aceitável em curto prazo” nos Estados Unidos. Alguns economistas disseram nas últimas semanas que, sem o risco de uma baixa genera-lizada da atividade e dos preços, o Fed teria criado mais moeda, o que geraria um risco inflacionário.

“Com os preços das matérias-primas em níveis baixos, vemos pouco risco de uma inflação em níveis mais elevados que o aceitável, em curto prazo”, ressaltou o presidente do BC. Segundo os últimos dados disponíveis, o principal índice de inflação ao consumidor nos EUA, o PCE, manteve-se estável em dezembro, em relação ao mês anterior.