Fiesp quer união de Brasil e EUA contra

Por Gazeta Admininstrator

A Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo) pede que o Brasil e os Estados Unidos unam forças nas negociações multilaterais da Rodada Doha da OMC (Organização Mundial do Comércio) frente ao que chamou de "protecionismo europeu".

Segundo a Fiesp, a proposta apresentada pelos americanos atendeu às demandas brasileiras de acesso a mercados, subsídios à exportação e apoio doméstico.

O presidente dos EUA, George W. Bush, prometeu abolir todos os subsídios agrícolas americanos caso os outros países avançados, principalmente os da União Européia, façam o mesmo.

A Fiesp critica a proposta de concessões da UE na área agrícola condicionada à redução para um teto de 12% de tarifas de importação de bens industriais. Para a Fiesp, "é hora da agricultura ser incorporada ao sistema multilateral de comércio e, ao lado do setor industrial, sujeitar-se às práticas e regras de mercado".

"Há décadas, as políticas de liberalização do comércio internacional têm focado seus esforços em bens industriais, excluindo setores fundamentais para o crescimento das economias emergentes", diz a nota.

UE

Os pedidos do Brasil para redução das tarifas agrícolas da UE foram considerados "inaceitáveis", segundo o comissário europeu para o Comércio, Peter Mandelson.

Para os mercados produtores dos países da África, do Caribe e da região do Pacíficoe, que dependem do acesso privilegiado aos mercados dos países desenvolvidos, "uma onda de redução tarifária da amplitude exigida seria um desastre, já que eliminaria em quase um terço de seu comércio agrícola com a Europa", disse Mandelson ao diário financeiro americano "The Wall Street Journal".