O Flamengo foi obrigado pela Fifa a liberar o jogador Hernane antes mesmo de o Al Nassr fazer o pagamento - cuja primeira parcela está atrasada desde o dia 17 - e corre o risco de não ver a cor dos R$ 7 milhões pela venda do atacante.
A posição da entidade máxima do futebol se dá uma vez que, por lei, o TMS (documento que libera o atleta para ser regularizado em outro país) não pode ser condicionado ao pagamento da compra. Sendo assim, o Fla terá que cobrar na Fifa seus direitos caso não receba, mas não pode impedir o atacante de exercer sua profissão.
Para se precaver, a única opção do Rubro-Negro seria brecar a viagem do Brocador até que recebesse garantias bancárias da transação. Foi o que aconteceu, por exemplo, no início do ano.
No final de fevereiro, o clube aceitou uma proposta de R$ 11,2 milhões do Shangai Shenhua, da China, para levar Hernane. O histórico recente de dívidas dos chineses com o atacante Didier Drogba, por exemplo, fez com que os dirigentes aguardassem comprovantes de que receberiam o valor para finalizar a transação. Como isso não aconteceu, Hernane seguiu na Gávea. Desta vez, o Al Nassr também já tinha indícios de mau pagador em um passado recente.