Filadélfia: Juiz de imigração acusado de abusos, perde o posto.

Por Gazeta Admininstrator

Filadélfia - Um juiz de imigração acusado de “intimidar” pessoas que solicitavam asilo teve que deixar o cargo após constatação feita por um Tribunal Federal. Esse foi o caso mais extremo, no entanto, o tribunal também fez duras censuras à outros juizes que também não tratava com respeito aos solicitantes de asilo.

O Juiz Donald V Ferlise, foi substituído na Filadélfia, assim que o secretário de Justiça dos Estados Unidos, Alberto Gonzáles, ordenou uma investigação a nível nacional. Essa investigação teve como objetivo verificar a atuação dos juizes encarregados de assuntos de imigração, que devem decidir se aceitam ou não aos pedidos de asilo de pessoas que sofrem violência em seus países de origem.

Ferlise negou asilo: ao sobrinho do presidente deposto de Gâmbia, a uma paquistanesa cujo o pai foi assassinado em um episódio de violência religiosa, e a uma mulher de Gana, que acusou seu pai, um sacerdote, de usá-la como escrava sexual.

Ferlise negou também uma audiência a um estudante universitário jordaniano que não se registrou a tempo em um programa para homens, em sua maioria de países mulçumanos, criado pelas autoridades norte-americanas após os atentados de 11 de setembro. O juiz disse que não quis dar essa audiência ao estudante porque havia decidido o caso por antecipado.

Vários juizes de imigração têm sido criticados pelos tribunal de apelações. No caso de Ferlise, o Tribunal de Apelação do Terceiro Circuito acusou-o de “intimidar” a um solicitante.

William Stock, representante da Associação de Advogados de Imigração na Filadélfia, disse que Ferlise “desconfiava profundamente” do testemunho das pessoas que o procuravam para pedir asilo
“Era muito difícil ele encontrar algo crível em uma pessoa”, disse Stock. “Ao que me parece, sua concepção sobre o mundo é muito limitada”.