Filhos veem a mãe morrer por não ter seguro saúde

Por Gazeta Admininstrator

Uma família de imigrantes de Ruanda estão se deparando com a triste realidade de ver uma mãe, de 58 anos, em estado vegetativo, cujo tubo de alimentação foi retirado no dia 19 de fevereiro, por ordem judicial.
“Em nossa cultura, nós nunca deixaríamos uma pessoa morrer de fome”, disse ao New York Times o imigrante Jerome Ndayishimiye, que é cidadão americano.

A decisão foi tomada por ordem judicial, depois que os seis filhos de Rachel Nyirahabiyambere, que sofreu um derrame em abril, não foram capazes de decidir desligar os aparelhos que a mantinha viva. Nyirahabiyambere ficou oito meses internada no Georgiatown Medical Center sem seguro saúde.

Mas o status imigratório de Nyirahabiyambere complica sua situação. No país há menos de cinco anos, ela não pode receber o Medicaid, que pagaria para que ela vivesse indefinidamente com tubos de alimentação. Seus filhos veem a vida da mãe sendo cortada mais cedo por causa de dinheiro.

A tomada de decisão em nome de pacientes em estados vegetativos persistentes é sempre uma questão delicada, especialmente se, como a Sra. Nyirahabiyambere, eles não deixaram uma diretiva. Seu caso, que não recebeu a atenção do público, ressalta as espinhosas questões que surgem quando a vida de uma pessoa com cérebro gravemente ferido é sustentada pela tecnologia médica.

Com milhares de pessoas em estado vegetativo persistentes, essas questões sempre chegam a hospitais e tribunais - o que constitui “o cuidado fútil”, - quetio-nando o que médicos e advogados devem fazer, e como a condição financeira deve determinar.

A tutora de Nyirahabiyambere, Andrea J. Sloan, disse que o prolongamento da vida de “alguém profundamente vegetativo” seria questionável, mesmo se ela tivesse seguro.

Arthur Caplan, diretor do Centro de Bioética da Universidade da Pensilvânia, disse que o caso destaca que “as decisões em fim de vida têm de ser tratadas com muita sensibilidade, e, idealmente, com as famílias envolvidas plenamente respeitadas.”

Após o derrame cerebral devastador em abril do ano passado, Nyirahabiyambere nunca recuperou a consciência. Seus filhos tinham esperança de que seu estado iria melhorar.

Após sete semanas, funcionários do hospital começaram a querer desligar os
aparelhos. Em alguns casos de imigrantes ilegais ou de novos imigrantes que necessitam de cuidados a longo prazo, os hospitais os têm levado à repatriação, uma prática condenada por defensores dos imigrantes.
Georgetown University Hospital disse aos filhos de Nyirahabiyambere para encontrar um lar de idosos, levá-la para casa ou mandá-la de volta para Ruanda. Mas os filhos não têm seguro ou Medicaid para cobrir os gastos de uma casa de repouso ou de atendimento domiciliar à saúde.

Eles disseram que entendem que o hospital era um negócio e não uma instituição de caridade, mas simplesmente não sabem o que fazer.

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