Flórida nega reinserção de tubo alimentar em Schiavo

Por Gazeta Admininstrator

James D. Whittemore, juiz federal do tribunal do distrito da Flórida, negou nesta terça-feira o pedido dos familiares para a reinserção do tubo de alimentação em Terri Schiavo, 41, que se encontra em estado vegetativo há 15 anos. Há quatro dias, o tubo foi retirado da paciente por ordem de uma corte estadual.

Há 15 anos, o cérebro de Schiavo sofreu graves danos porque seu coração parou de bater por alguns minutos --provavelmente devido a uma parada cardíaca causada por deficiência de potássio. Desde então, ela se encontra no que os médicos chamam de "estado vegetativo persistente".

O veredicto do juiz vai de encontro à decisão tomada pelo presidente americano, George W. Bush, que promulgou uma lei na madrugada desta segunda-feira, permitindo que os médicos mantenham Terri viva.

O juiz, indicado ao cargo em 1999 pelo ex-presidente Bill Clinton (1993-2000), afirmou que os pais da paciente em coma não deram "um indicativo substancial de sucesso", no julgamento sobre os méritos de seus argumentos. Eles afirmam que a mulher responde a estímulos e pode melhorar com ajuda médica.

A sobrevivência de Terri é mantida por um tubo de alimentação que foi retirado pela terceira vez na última sexta-feira (18), por decisão judicial, que favorece seu marido e guardião legal, Michael Schiavo. Mas a família de Terri não quer permitir o desligamento do aparelho que a alimenta --e que, desativado, causará morte por inanição.

Sem o tubo, Terri poderá sobreviver, no máximo, por duas semanas, afirmam os médicos.

As cortes americanas têm mantido o apoio à decisão do marido de levar a eutanásia adiante, sob a alegação de que Terri reiterou várias vezes, antes ficar em estado vegetativo, que não gostaria de ser mantida viva artificialmente --embora Michael não tenha nenhum documento comprovando a alegação.