Levantamento de cidades mais seguras dos EUA indica 11 na Flórida

Com base em diferentes critérios, algumas cidades são simplesmente melhores na proteção dos seus moradores. Para determinar onde as pessoas se sentem mais seguras, tanto quanto à renda como para andar na rua, por exemplo, o site de finanças pessoais WalletHub divulgou um levantamento sobre as cidades mais seguras dos EUA em 2019, no qual comparou mais de 182 cidades em 41 indicadores-chave de segurança. 11 cidades da Flórida são citadas no ranking e o conjunto de dados varia de assaltos per capita a taxa de desemprego e qualidade das estradas.

Como resultado, no topo da lista, as três cidades apontadas como mais seguras são Columbia, no estado de Maryland, seguida por Yonkers, em Nova York e Plano, no Texas. Já as três consideradas menos seguras são as cidades de St. Louis, Missouri; Fort Lauderdale, Flórida; e San Bernardino, na Califórnia.

As 11 cidades

da Flórida

Na Flórida, Cape Coral foi classificada como a mais segura do estado, mas entrou no 27° lugar no ranking geral. Depois aparecem Pembroke Pines (38º), Tallahassee (65º), Tampa (90º), Hialeah (96º), Port St. Lucie (103º), Jacksonville (124º), Miami (131º), Orlando (164º), Saint Petersburg (168º) e Fort Lauderdale (181º - penúltimo lugar da lista.

Roubos per capita e

mortes de pedestres

De furtos à segurança no trânsito, a pesquisa analisou as cidades por critérios. Por exemplo, Port St. Lucie (FL) tem o menor número de roubos (9,74 por 1.000 habitantes). O índice é 7,4 vezes menor do que em Spokane, Washington, a cidade com maior número - 72,11.

Plano, Texas, e Lincoln, Nebraska, estão entre as cidades com menos mortes de pedestres (0,35 por 100.000 habitantes), número 19 vezes menor do que em Fort Lauderdale (FL), cidade com índice mais alto - 6,66.

Como segurança é um tema primordial, um outro relatório - State of Safety -elaborado pela SafeWise, revelou que 58% das pessoas que vivem nos Estados Unidos disseram que se sentem preocupadas com a segurança todos os dias. A segurança digital e o crime de propriedade são os principais problemas apontados, bem como preocupações com o acesso à saúde e o bem-estar em casa.

Tentativa de estupro

Em 2015, uma tentativa de estupro fez a brasileira Valerie Colombo sentir na pele o medo de andar na rua em Fort Lauderdale. Ela conta que um estranho se aproximou e a agarrou à força. "A sorte, e principalmente, a mão de Deus, foi que consegui dar uns golpes de defesa pessoal nele e jogá-lo ao chão. Liguei para a polícia na mesma hora, mas tive que insistir para fazer o boletim de ocorrência. Não deu em nada, não o prenderam e voltei para o Brasil. Hoje consegui a paz que buscava", afirma.

Diversos furtos

Entre furto de carro, de objetos dentro de casa e do carro, Sandra Batista relata pelo menos quatro vezes em que foi vítima. "Um foi meu carro roubado na porta da minha casa durante a madrugada quando morava em Pompano Beach. Outro também em Pompano em 2011 foi quando deixei minha máquina fotográfica que usava para o trabalho no banco de trás do carro e à noite os ladrões fizeram uma limpa na rua e a levaram. Em 2014, parei meu carro na porta de uma cliente e entramos pra trabalhar. Quando saímos, minha bolsa tinha sido furtada, com todos documentos. A minha sorte foi ter guardado o dinheiro numa parte no meio do carro e não viram", relata.

Para Batista, a violência de uma forma geral piorou. "O trânsito tá um caos, as pessoas estão muito estressadas ao dirigir e havia mais entrosamento entre os vizinhos. Isso conta", analisa.

"Acordei com um

ladrão no

meu quarto"

Como experiência difícil de esquecer sobre a violência local, Vânia Freitas conta que já foi assaltada dentro do quarto enquanto dormia. "Acordei com o ladrão levantando a coberta e colocando um isqueiro no meu rosto. Acho que para ver quem estava dormindo. Ele levou minha bolsa com dinheiro e documentos, inclusive meu green card. Aconteceu em Boca Raton em 1998. Depois disso, já abriram o meu carro umas cinco vezes e roubaram o que acharam. Já até pagaram o aluguel com meu cheque. Minha irmã já teve a casa assaltada duas vezes também em Boca Raton", destaca a assistente pessoal que hoje mora no Tivoli Park em Deerfield Beach.